Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 252

Com um estrondo, o vidro do carro não apenas não se quebrou, como também não apresentou sequer uma rachadura.

Adriana se apoiou na porta do carro, um tanto perplexa.

Nesse momento, o vidro do carro desceu lentamente, revelando o olhar frio de um homem.

Quase ao mesmo tempo, a porta se abriu, e um braço longo envolveu a cintura de Adriana, erguendo-a com facilidade e chutando um homem que se aproximava.

Ao ver Jaques Torres, o homem imediatamente se levantou e fugiu com seu companheiro.

Jaques lançou um olhar para Evaldo Castro.

Evaldo fez um leve movimento com a cabeça e, com discrição, se afastou.

Ao ver os dois homens se afastando, Adriana estava prestes a soltar um suspiro de alívio quando uma voz fria surgiu acima de sua cabeça.

"O que aconteceu?"

Adriana mordeu os lábios. Algumas palavras quase escaparam de sua boca, mas ela as engoliu de volta.

Aqueles dois homens... ela quase poderia jurar que haviam sido enviados por Eunice.

Deveria ter acontecido porque o celular dela era muito novo. Eunice percebeu isso e veio bloquear a situação para tomar o celular mais antigo.

Mas Jaques acreditaria?

Não.

Ele era o tipo de pessoa que gastaria uma fortuna por Eunice.

Ela não podia se arriscar.

"Assalto." - Adriana murmurou.

Jaques a olhou com um olhar sombrio: "Você acha que sou fácil de enganar?"

"Acredite no que quiser, me coloque no chão."

Adriana se debateu, sentindo um desconforto imenso.

Quem é que gostaria de ser carregado como uma alça?

Jaques observou seus pés se debatendo: "Não está com bandagem?"

Adriana não respondeu, achando a pergunta um tanto absurda.

Preocupação?

Claramente não era.

Adriana se apoiou nos ombros dele, tentando desesperadamente aumentar a distância entre eles.

Ao ver sua resistência, Jaques ficou impaciente, e com um movimento rápido, agarrou seus pulsos finos com sua grande mão.

"Fique quieta! Quer perder o pé?"

"Isso é problema seu? Sou sua mascote? Quando está feliz, você faz um carinho. Quando não está, simplesmente pisa em mim? Não! Ainda por cima, deixa que os outros façam por você!"

"O que é isso?"

"Comprei de passagem, é seu agora."

Jaques abriu a bolsa e jogou a garrafa dentro, com seus olhos vasculhando o interior, enquanto um semblante de escuridão começava a se instalar em seu rosto.

Adriana mexeu as mãos: "Pode me soltar agora? Meus pulsos estão doendo."

O homem olhou para os pulsos dela, acariciando-os por um momento, mas sem soltá-la.

"Onde está o relógio?"

"Era valioso demais para eu ter aceitado. Eu não quero."

Adriana deu uma explicação formal.

Jaques fixou seu olhar no rosto dela, e com sua voz cortante perguntou: "Está mentindo de novo?"

Adriana prendeu a respiração, ciente de que qualquer coisa que dissesse poderia ser um erro.

A raiva a tomou por completo.

Ela exclamou indignada: "O que você pensa que eu sou? Uma lixeira? Por que me entrega coisas que ninguém quer? Só para me humilhar? Por que você não consegue ficar longe de mim?"

Após suas palavras, sentiu uma dor aguda na panturrilha.

Jaques parecia querer esmagá-la.