Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 288

Adriana apanhou a faca de frutas que estava na fruteira sobre a mesa de centro da sala.

Ela sentiu que Jaques viria ao seu encontro.

E ele realmente veio, mas, com um movimento rápido, bloqueou a lâmina da faca.

Ele segurou a lâmina com facilidade, e, por mais que Adriana tentasse empurrar, não conseguiu avançar.

Os olhos de Adriana se encheram de lágrimas, com um ódio borbulhando em seu peito, mas seu rosto estava pálido, com os dentes cravados nos lábios, tentando se segurar.

As marcas dos dentes em seus lábios eram profundas, deixando escapar um tom vermelho vivo.

Jaques a observou, com um olhar profundo e inescrutável.

Justo quando Adriana estava prestes a desistir, ele soltou a faca, e o corte rasgou profundamente a palma de sua mão, com o sangue escorrendo livremente.

Adriana ficou chocada.

Mas Jaques apenas disse calmamente: "E então?"

"Louco! Maluco!"

Adriana jogou a faca de frutas para longe e se virou para ir embora.

Mas, antes que conseguisse dar mais de dois passos, uma mão firme agarrou seu pescoço, virando-a de volta e a abraçando com força. Então, um beijo dominador a pegou de surpresa.

Adriana arregalou os olhos, batendo nele com toda a força que ainda tinha, mas ele não se moveu. Pelo contrário, o beijo só se intensificou.

A água da chuva escorria pelas pontas de seus cabelos, escorrendo pelas bochechas, e seus olhos pareciam envoltos em névoa, escondendo uma confusão que ela não conseguia compreender.

Até que a chuva se intensificou, batendo friamente em ambos, fazendo Adriana se encolher involuntariamente. O homem a soltou, mas ainda a segurava pelo pescoço, como se estivesse tentando se conter, meio que a sufocando, meio que impedindo que ela fosse embora.

"Se eu não fosse louco, como eu poderia...?"

O som da chuva batendo contra o guarda-chuva foi tudo o que Adriana ouviu, até que ela levantou os olhos e viu Evaldo, com um grande guarda-chuva, protegendo-os da chuva. Ele disse, preocupado: "Sr. Jaques, a chuva de outono é fria, e você acabou de se recuperar de uma doença. E a Sra. Guerreiro também tem uma constituição frágil."

Jaques olhou para Adriana, toda molhada, e franziu a testa: "Entre no carro."

"Me solta! Eu não vou! Tio! Não se esqueça, isso não tem nada a ver com você!" - Adriana enfatizou a palavra 'tio'.

"Eu não deveria esperar palavras gentis da sua boca."

"Ah!"

Foi então que ele olhou para Adriana, que estava encolhida em um canto.

Ela havia escondido o rosto entre os joelhos, e seu pescoço delicado e branco estava exposto, com pequenas gotas de água escorrendo por sua pele. A visão era quase etérea, brilhante e translúcida.

Porém, ao ver suas mãos tremendo, o olhar de Jaques se aprofundou.

Jaques estendeu a mão para pegar seu pulso, mas ela resistiu com os braços rígidos.

Adriana, com uma dor silenciosa, agarrou suas roupas, tentando esconder os ferimentos e, com dificuldade, disse: "Deixe-me na estação de metrô à frente, posso voltar sozinha."

Ela tentou convencer a si mesma de que estava sendo corajosa.

Mas nos olhos de Jaques, ela parecia apenas um gatinho molhado, que, apesar de arquear as costas e rosnar, estava visivelmente sofrendo, ainda assim teimosa.

"Depois de me esfaquear, ainda quer fugir? O quanto prejuízo você já me causou? Me dê a sua mão!"

Jaques, sem paciência para mais palavras, segurou seu pulso de forma firme e direta, abrindo sua mão sem pedir permissão.

O corte em forma de lua, que não era tão profundo, mas possuía pequenos cacos incrustados, havia sido agravado pelo atrito constante de Adriana