Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 350

No quarto do hospital.

Quando Adriana acordou, Jaques já havia partido.

Após recuperar um pouco de suas forças, ela se levantou para beber água e justamente viu uma sombra se movendo na porta.

"Quem está aí?" ela chamou.

A porta se abriu um pouco, e a cabeça de Pedro apareceu.

"Tia."

"Sem brincadeiras." A mulher puxou Pedro para trás e entrou, "Senhorita, muito obrigada desta vez. Vou preparar algo para você comer, espero que não se importe."

"Como eu poderia me importar? Obrigada, estou mesmo com fome." Adriana, envergonhada, aceitou com um sorriso.

A mulher abriu uma garrafa térmica, serviu uma tigela de mingau de milho e entregou também um par de biscoitos.

O resto da comida ela cuidadosamente guardou de volta.

Adriana, intrigada, perguntou: "Senhora, isso é..."

"O pai do Pedro ainda está na UTI, comer um pouco é melhor que nada", disse a mulher com os olhos marejados.

Refletindo um momento, Adriana perguntou: "O Pedro ter sido jogado no rio tem algo a ver com o pai dele?"

Parecendo ter tocado em uma ferida aberta, os olhos da mulher se encheram de lágrimas.

"Eles são uns monstros! Cometem erros e depois nos pressionam para assinar documentos."

"Quem são eles, senhora?"

"É... " ela hesitou, mordendo o lábio, "deixa pra lá, não adianta eu falar, senhorita, muito obrigada mesmo. Vamos indo."

A mulher, levando Pedro, se preparava para sair quando ele, de repente, virou-se e enfiou uma pequena cesta de bambu nas mãos de Adriana.

"Tia, para te proteger."

Adriana, olhando para a pequena cesta que cabia na palma da mão, sorriu: "Obrigada."

Após a saída dos dois, Adriana permaneceu inquieta, sentindo como se tivesse esquecido de algo.

Deitada, assim que fechou os olhos, viu os dois homens que haviam jogado Pedro no rio.

Naquela hora, ela estava tão apressada que apenas lançou um breve olhar, mas agora, recordando, parecia ter visto esses homens antes.

"Vocês..." O rosto pálido da mulher tremia.

Adriana franziu a testa, pronta para intervir, quando de repente alguém a agarrou por trás, cobrindo sua boca e nariz, arrastando-a para a escada.

Ela olhou para o corredor vazio, sabendo que pedir ajuda seria inútil.

Em pânico, ela tocou a pequena cesta de bambu no bolso e, sentindo algo dentro, percebeu que eram três insetos.

Ela não sabia exatamente quais insetos eram.

Só sabia que ainda havia esperança, agarrando os insetos e jogando-os nos olhos do homem atrás dela.

"Ah!"

O homem gritou, soltando Adriana.

Ela não olhou para trás, correndo escada abaixo.

Havia apenas dois andares na ala de cuidados intensivos, chegando ao saguão, suas chances de encontrar ajuda aumentariam.

Adriana pensou que havia escapado, mas então, inesperadamente, alguém surgiu do corredor, agarrando-a e injetando algo em seu braço.