Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 447

"Desde quando você ficou tão fofoqueiro? Deixe-a ir. Talvez assim, no futuro, ela não precise carregar tantas preocupações." - Bernardo disse calmamente.

"Chefe, você é realmente compreensivo. Então, eu estava pensando em pedir o dia de folga amanhã." - brincou Cristian com um largo sorriso.

"Todas as suas férias para este mês estão canceladas."

"..."

Cristian não conseguiu mais sorrir.

...

No hotel.

Adriana voltou ao hotel e sentou-se na área de estar do saguão, pedindo um café quente.

Ela decidiu confiar em Jaques mais uma vez.

Eles realmente precisavam se sentar e conversar com calma.

Olhando pela janela panorâmica, ela viu as gotas de chuva voando pelo céu, e seu coração também estava inquieto.

Uma hora depois, o café já havia esfriado completamente.

Bernardo havia dito que ele e sua irmã estavam morando temporariamente em uma mansão da Família Alves, a meia hora de distância.

A ida e a volta levariam cerca de uma hora.

Naquele momento, se completava uma hora e quinze minutos.

Adriana, segurando a xícara fria, pensou que talvez a chuva os fizesse dirigir mais devagar, o que seria normal.

Depois passaram duas horas, três horas, quatro horas.

E assim, um total de seis horas...

Adriana ainda estava segurando a xícara de café, e ficar sentada na mesma posição por tanto tempo a deixou rígida.

Olhando para cima, a noite estava nublada e as gotas de chuva sob os postes de luz eram lindas, mas também solitárias.

"Senhorita, gostaria de se hospedar no local? Nossa área de descanso para negócios está prestes a fechar." - O gerente do saguão se aproximou, perguntando educadamente.

Adriana voltou a si e rapidamente olhou para o horário de funcionamento no balcão.

Das sete da manhã às onze da noite.

Já era muito tarde.

Ela se levantou rapidamente, mas como estava muito rígida, derramou o café em suas roupas.

O gerente do saguão imediatamente trouxe uma toalha: "Senhorita, deixe-me ajudá-la."

Adriana olhou para as manchas de café em suas roupas e balançou a cabeça: "Não importa."

"Ok."

Jaques não pegou suas roupas, apenas olhou para a chuva do lado de fora com um olhar sombrio e impenetrável no rosto.

Evaldo olhou pela janela e perguntou baixinho: "Sr. Jaques, o senhor quer que eu vá explicar para a Sra. Guerreiro?"

Quando ouviu o nome da Sra. Guerreiro, um alvoroço surgiu nos olhos de Jaques.

Ele levantou a mão e a pressionou contra o vidro da janela, sentindo o frio.

No segundo seguinte, seus cinco dedos se fecharam em um punho apertado, com as articulações estalando sob a pressão. Cada músculo de seu corpo estava tensionado, lutando para conter as emoções.

No canto de seu olho estava o rosto de Clarice, que acabara de adormecer.

Algumas horas antes, Clarice havia sofrido uma infecção pulmonar e vomitado sobre ele. Quando foi trazida, já estava com dificuldades para respirar.

Após a ressuscitação, ela o abraçou com força, com uma expressão de dor, implorando para que ele não fosse embora.

Olhando para ela, Jaques se lembrou das palavras de Bernardo.

"Espero que você se case com a Clarice."

"É isso que você deve à Clarice e à nossa Família Alves."

Jaques soltou sua mão, ainda olhando para a janela, e disse friamente: "Isso não é necessário."