Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 453

Jaques não disse nada, apenas a puxou para dentro do carro.

A paisagem externa mudou rapidamente e, sem saber quanto tempo havia se passado, começou a chover novamente.

Quando o carro parou e a porta se abriu, uma nova camada de chuva cobria o chão.

Ao descer, Adriana sentiu um manto de lã ser colocado sobre seus ombros, e o cheiro dele a envolveu instantaneamente.

Quando se deu conta, estava em frente a uma mansão.

O jardim era enorme e, mesmo coberto de névoa, tinha uma aura de conto de fadas, sugerindo a beleza que deveria ter quando as flores estivessem em plena floração.

Adriana já podia imaginar a cena em sua mente.

Porque era a casa em que, em sua vida passada, ela havia ateado fogo em si mesma.

Oito anos de casamento, e aquele lugar era como uma cela de luxo.

Ela olhou para a casa e perguntou friamente: "O que isso significa?"

Os olhos de Jaques escureceram um pouco e ele respondeu calmamente: "Daqui a pouco, mandarei alguém buscar sua bagagem no seu apartamento. De agora em diante, você vai morar aqui. Já providenciei um motorista e uma empregada. Se precisar de alguma coisa, fale diretamente com eles."

Sem pedir sua opinião, ele já havia decidido tudo.

Assim como em sua vida passada, ele a levou para dentro e lhe disse que ela viveria ali e que não deveria ir embora sem motivo.

Ele disse "você" em vez de "nós."

Depois de tantos altos e baixos, ela acabou sendo enviada para o local novamente.

Naquele momento, Adriana finalmente entendeu seu lugar no coração dele.

Mesmo sem as armadilhas de Eunice Amaral, sempre haveria outras mulheres nobres de boas famílias.

Na melhor das hipóteses, ela era um canário em uma gaiola dourada; na pior. Ela não era diferente de uma prostituta.

Ela só precisava servir a um homem.

Adriana conteve as lágrimas e apontou para a parede, rindo baixinho: "Plante rosas ali. Quando elas florescerem, as pétalas flutuarão até a varanda do segundo andar."

"Tudo bem." - respondeu Jaques placidamente.

Ela então apontou para a fonte: "Transforme-a em um lago com peixes. No verão, coloque um guarda-sol próximo a ela para comer melancia e tomar bebidas geladas. É muito relaxante."

"Você sabe muito bem que o senhor já tem um preconceito contra mim, e mesmo assim insiste em me fazer carregar todas as culpas! Com que direito? Eu nunca vou me deixar ser manipulada por você!"

"Você não tem escolha, a menos que não queira que sua mãe permaneça na Família Torres. Já lhe disse que cuidarei de tudo." - ordenou Jaques com frieza.

Adriana engoliu, ficando pálida.

"Você e o senhor são realmente pai e filho."

Ela se esforçava para controlar as emoções, mas, ao abrir a boca, sua voz parecia distorcida por uma força invisível, e cada palavra carregava um peso esmagador.

Jaques semicerrou os olhos e se aproximou de Adriana, mas ela deu um passo para trás.

Ao ver isso, ele a puxou de volta.

"Eu sempre fui assim, Adriana. Não tenho como te deixar ir."

No final, era apenas a possessividade de um homem.

Os olhos de Adriana ficaram vermelhos de raiva: "Se você me forçar, no dia em que eu me mudar para cá, colocarei fogo neste lugar."