Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 460

O beijo repentino assustou Adriana, fazendo com que ela se esquecesse de reagir.

Foi somente quando o homem foi mais fundo que ela recuperou completamente o juízo. Mesmo com as mãos cobertas de espuma, ela levantou a mão para dar um tapa nele.

Mas, para sua frustração, Jaques sempre conseguia ser mais rápido. Antes que ela pudesse alcançá-lo, ele já estava segurando seu pulso, pressionando-o atrás dela.

Isso a fez arquear o corpo, aproximando-se ainda mais do peito dele.

Ela olhou para cima e encontrou os olhos do homem.

Ele tinha as pálpebras ligeiramente abaixadas, o olhar profundo e rouco, com lábios que mostravam uma mistura de agressividade e desejo.

Adriana, furiosa, puxou a mão para trás, forçando a mão dele a se abrir para afastá-los.

Seu nariz ardia e ela teve de respirar fundo para engolir o nó na garganta.

"Por que você sempre faz o que quer?"

"Quem faz o que quer, afinal? Me provocar e depois querer provocar os outros?"

Jaques girou o anel em seu dedo, com seu rosto mostrando um distanciamento controlado e sombrio.

Adriana não conseguia vencer ele na discussão e respondeu com amargura: "Diga o que você quiser."

Dito isso, ela se virou para sair da cozinha.

De repente, uma mão forte e firme agarrou a parte de trás de sua cabeça, puxando-a para trás contra a geladeira.

O homem ignorou a resistência dela, agarrou sua nuca e a beijou ferozmente.

Adriana virou o rosto imediatamente, deixando os lábios dele parados no ar, a poucos centímetros de distância.

A respiração dele caía sobre a orelha dela, um pouco irregular, mas cada vez mais quente.

Ela baixou os olhos e se lembrou: "Tio, daqui a alguns dias você vai ficar noivo."

Jaques não continuou. Ele levantou a mão, segurou o queixo dela e virou seu rosto para o outro lado.

Seus olhares se cruzaram e os lábios do homem se curvaram em um sorriso frio e sarcástico.

"Isso importa? Sua presença não muda nada."

"..."

O rosto de Adriana ficou tão pálido que parecia quase translúcido. O detergente seco em suas mãos deixou a pele áspera e ressecada.

Ela apertou os lábios, olhando para ele, finalmente fazendo a pergunta que a atormentava: "Por que você foi me salvar na Noruega? E por que entrou na mina para me resgatar? Você me salvou..."

Até que Clarice entrou, olhando surpresa para Jaques: "Sr. Jaques, o que o senhor está fazendo aqui?"

Jaques apagou o cigarro, acenando com a fumaça na frente dela: "Esqueci de trazer meu isqueiro, vim acender um cigarro."

Ao ouvir o tom indiferente dele, Adriana se sentiu como um palhaço sendo ridicularizado.

Com esse pensamento, um prato caiu na pia com um estrondo.

Ela rapidamente tentou pegá-lo, mas acabou se cortando nos cacos, embora não sentisse dor.

Mas antes que ela pudesse tocar a água, uma mão a agarrou.

"Você está sangrando, cuidado com a infecção."

Adriana voltou a si e se virou para ver quem era. Era Bernardo.

Ele olhou para os olhos vermelhos dela, franziu a testa e começou a secar a mão dela com um lenço, sem fazer nenhuma pergunta.

"Clarice, você tem um kit de primeiros socorros aqui? Eu vou cuidar da Adriana."

Clarice assentiu e, olhando para Adriana, perguntou surpresa: "Adriana, por que seus olhos estão tão vermelhos?"

Adriana piscou os olhos, um pouco envergonhada: "Acho que sou sensível ao cheiro de detergente."