Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 486

Adriana estava em frente à mansão iluminada, com a mão levantada, mas hesitou e a abaixou novamente.

Poderia ser ele?

Quando ela abaixou a mão uma segunda vez, a porta se abriu e Evaldo saiu lentamente.

"Sra. Guerreiro, o Sr. Jaques está esperando por você."

"Esperando por mim? Ele sabia que eu estava chegando?" - Adriana ficou um pouco surpresa.

Evaldo não explicou, apenas fez um gesto de convite.

Adriana hesitou por um momento, mas acabou entrando, observando a casa familiar se aproximar cada vez mais.

Sentimentos conflitantes fervilharam dentro dela, mergulhando-a em um turbilhão de dúvidas.

Se realmente foi Jaques quem a salvou, o que ela deveria dizer?

Com isso em mente, ela já estava na sala de estar.

Antes que ela pudesse olhar atentamente para a mobília familiar, ouviu passos masculinos na escada atrás dela.

Ela cerrou os punhos, determinada, e se virou para olhar.

Jaques parecia ter acabado de tomar banho, vestindo um roupão preto com o peito parcialmente exposto, e sua pele firme e macia brilhava com a umidade.

Seus movimentos eram ágeis.

Ele nem parecia ter um ferimento de bala, muito menos marcas de uma briga.

Adriana retesou um pouco. Seu coração ficou suspenso por um momento antes de entrar em colapso.

Ela deveria estar aliviada por não ter sido Jaques, pois assim não lhe devia nada.

Mas...

Naquele momento, seus sentimentos eram indescritíveis, e ela se esforçou para manter uma expressão calma.

"Tio."

"Sente-se."

Jaques amarrou casualmente o cinto de seu roupão e, quando se sentou, tinha um cigarro entre os dedos.

Clique....

A chama do isqueiro dançou, iluminando seu rosto, que parecia um pouco pálido.

A fumaça do cigarro se dissipou e Adriana voltou à realidade, balançando a cabeça: "Não. Não vou perturbar seu descanso."

Ao dizer isso, ela se virou.

Mas a voz fria do homem soou atrás dela.

"Sua mãe pode esperar?"

Adriana parou, olhando para ele com incredulidade: "O que você quer dizer com isso?"

"O que você acha?"

Ela pensou em pedir a Jaques que salvasse Victoria, mas naquele momento desistiu da ideia.

Três milhões, dez anos de prisão.

Com as habilidades do senhor, talvez a situação pudesse ser ainda pior.

Finalmente, Adriana não existiria mais neste mundo.

Ela baixou os ombros e se virou para sair.

Mas assim que deu um passo, a presença invasiva do homem roçou em sua nuca, causando um arrepio na espinha.

Antes que ela pudesse reagir, ele envolveu-a com os braços, inclinando-se ligeiramente e sussurrando com lábios quentes em seu ouvido.

Enquanto respirava, sua voz soava sem emoção.

"Adriana, se você se atrever a fazer isso, a próxima pessoa a ir para a cadeia será sua mãe. Afinal, os três milhões foram depositados diretamente na conta dela, e quem acreditaria que ela não sabia?"

Adriana ficou paralisada e se virou lentamente, olhando para Jaques com incredulidade.

Ela não disse nada por um longo tempo, mas por dentro já estava à beira do colapso.

Adriana ficou em silêncio por um minuto e, quando finalmente falou, sua voz soou quase um grito:

"Por que você tem que me forçar?"

"Por que você não pode me deixar em paz?"

"Exatamente o que vocês querem me ver virar para ficarem satisfeitos?"