Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 487

"Eu obedeço, e todos me maltratam. Quando eu me rebelo, vocês acham que sou teimosa!"

"Eu também sou gente! Sou humana!"

Os músculos de seu pescoço estavam tensos, seu rosto pálido tinha adquirido uma estranha tonalidade vermelha e seu peito subia e descia rapidamente enquanto ela olhava para o homem à sua frente com ódio nos olhos.

Ele... ainda mantinha uma calma profunda e imperturbável.

Naquele momento, o tempo parecia ter parado, e ele ignorou completamente a dor e a luta dela.

Jaques levantou suavemente o rosto dela, seus olhos brilharam brevemente, mas o momento foi tão rápido que logo se dissipou.

Tão rápido que parecia uma ilusão.

Ele disse em um tom baixo e frio: "Adriana, por que eu deveria desistir do que é meu?"

O ar quente e opressivo caiu sobre o rosto de Adriana e ela tentou desviar o olhar, mas o homem a forçou a encará-lo.

Seus olhos escuros estavam tingidos de um vermelho obsessivo, e ele a beijou ferozmente.

Adriana se debateu desesperadamente, batendo no corpo dele com força com as mãos.

De repente, ele estremeceu sob seus lábios, depois agarrou os pulsos dela e a segurou contra si.

"Fique, ou vocês duas vão para a prisão juntas. O que você acha?"

"..."

Adriana estava de costas para Jaques e, embora não pudesse ver seu rosto, seu tom frio indicava que ele estava perdendo a paciência.

Ela apertou as mãos com força, sentindo seu coração esfriar gradualmente, e parou de se debater.

Mesmo que ela não tivesse vindo hoje, Jaques teria encontrado uma maneira de fazê-la concordar.

"Eu vou ficar."

Adriana usou toda a sua força para pronunciar essas três palavras.

Ela olhou ao redor - uma prisão que a havia aprisionado por oito anos mais uma vez a prendia.

E o mesmo homem não a poupou novamente.

"Suba e tome um banho."

"..."

Adriana não disse uma palavra, subindo as escadas lentamente, com sua figura frágil o suficiente para causar dor no coração de quem a observava.

O homem atrás dela a observava, uma expressão estranha passando por seus olhos, mas logo desaparecendo na escuridão. Seu rosto, profundamente atraente, estava frio a ponto de parecer pálido.

Ele deu um passo, com seu corpo vacilando antes de cair, mas felizmente Evaldo foi rápido e conseguiu segurá-lo antes que caísse.

"Sr. Jaques."

"Cale a boca!" - Jaques disse em voz baixa: "Vá para o escritório."

"Eu vou queimar isso."

Depois que Evaldo saiu, Antônio colocou a bandeja com a bala na frente de Jaques.

"Para lidar com uma menina, o senhor usou um assassino? As marcas de bala e da arma foram todas limpadas, e a pessoa que você prendeu é um indigente, sem nenhuma pista que possa incriminar."

"Ele sempre agiu assim."

Jaques levou um cigarro aos lábios, acendendo-o com uma das mãos.

A fumaça subiu, tornando suas feições profundas ainda mais pálidas, quase irreais.

Antônio limpou as mãos ensanguentadas com um lenço umedecido com álcool. Seus olhos vagaram antes de finalmente se fixarem em Jaques.

Enquanto falava, sua voz tinha um tom de aconselhamento:

"O que você pretende fazer? Adriana é apenas uma pessoa comum. Uma ou duas vezes você pode ajudá-la a escapar, mas e depois? Você vai deixá-la se esconder para sempre?"

"Esta é a minha casa, por isso ninguém pode entrar." - O olhar de Jaques estava sombrio.

Antônio ficou surpreso: "Você... vai mantê-la trancada aqui? Mas você vai se casar! Como ela vai encarar o mundo exterior? Você realmente pretende mantê-la aqui para sempre?"

Os olhos de Jaques não demonstravam emoção, e sua voz não tinha inflexão:

"Então, será para sempre."