Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 715

Ele virou a cabeça para encarar Adriana: "Eu me lembro, sempre me lembro, quero viver... por você."

"Cala a boca!" Adriana levantou a mão e apontou para a porta, "Saia! Saia!"

Ela sabia o que Jaques queria dizer.

Mas já não fazia mais sentido.

Jaques permaneceu em silêncio, apoiando-se no armário para se levantar lentamente.

Parou a dois passos, olhando nos olhos de Adriana.

De repente, seu olhar escureceu e ele caiu em direção a ela.

Adriana hesitou por um segundo, instintivamente estendendo a mão para segurá-lo, e só percebeu que ele estava quente ao tocá-lo.

Jaques era alto e pesado, Adriana não conseguia sustentá-lo de pé, então teve que colocá-lo no sofá.

Acendeu a luz, e Jaques deitou-se ali, desconfortável, com as pernas dobradas tocando o chão.

Seu rosto, pálido contra a camisa preta, parecia frágil como porcelana cara, pronto para se quebrar.

Ele franziu a testa profundamente e murmurou: "Adriana."

Adriana olhou para o homem, tomada por uma mistura de emoções.

Ela deu um passo à frente, mas sua mão, estendida no ar, hesitou e recuou.

A razão lhe dizia que não deveria fazer aquilo.

Ela respirou fundo e pegou o telefone para ligar para Antônio.

Após algumas tentativas, o sinal de que não podia ser completada a chamada soou do outro lado.

Ela tentou mais algumas vezes, mas sem sucesso.

Sem escolha, retirou Evaldo da lista negra de contatos.

Inesperadamente, também não conseguiu falar com Evaldo.

Incrédula, tentou dez vezes, até perceber que provavelmente estavam evitando-a de propósito.

Achavam que ela não tinha alternativas?

Ela discou 192 no celular, mas hesitou antes de completar a chamada.

Não dava.

Chamar uma ambulância para buscar Jaques em sua casa àquela hora não parecia uma boa ideia.

E ligar para a polícia? Também não.

Seria ainda mais escandaloso se a polícia viesse buscar o Sr. Jaques de sua casa.

Deslizando o nó da gravata com cuidado, não percebeu que a respiração dele se tornava ofegante.

Depois de soltar a gravata, ela começou a abrir delicadamente os botões da camisa.

Mal tinha desabotoado dois quando ele se moveu, e seus dedos roçaram no pomo de Adão.

Antes que pudesse recuar, ele abriu os olhos e segurou firmemente sua mão.

Seus olhos, escuros e enevoados, tinham um brilho encantador.

"Quente... muito bom..."

A voz dele era rouca, e como por instinto, ele pressionou a mão de Adriana contra seu pescoço.

Adriana tentou se soltar.

Mas ele a puxou de volta, pressionando a palma da mão contra sua pele.

Ele deixou escapar um murmúrio baixo, enquanto seu pomo de Adão se movia, e a camisa, de alguma forma, tinha mais dois botões abertos.

Olhando para o peito exposto, a mão de Adriana tremeu, seu rosto ficou vermelho de raiva e embaraço.

Jaques parecia estar delirando com a febre, puxando sua mão para dentro da camisa.

"Solta! Onde você pensa que está colocando isso!"