Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 82

No hospital.

Adriana despertou, tomada por um pavor indescritível, com a escuridão a rodeando por completo. No entanto, conseguiu perceber a presença de alguém se movendo à sua frente.

"Quem está aí?"

"Quem está aí?"

Sua voz estava rouca enquanto ela lançava ao redor tudo o que suas mãos podiam alcançar.

Sua aparência frenética paralisou todos na enfermaria.

Somente um soluço foi ouvido, e uma silhueta se precipitou em sua direção.

"Adriana, Adriana, o que aconteceu? Sou eu, sua mãe!"

Victoria Lopes aproximou-se de Adriana com o rosto banhado em lágrimas.

A mão de Adriana ficou suspensa no ar, e sua respiração se tornou trêmula: "Mamãe, onde você está? Por que não consigo te ver?"

Os olhos de Victoria se apertaram, e ela mal conseguia controlar o choro: "Adriana! Não me assuste assim!"

Adriana olhou para um vazio, com a voz trêmula: "Mamãe..."

Um silêncio sepulcral tomou o quarto.

Victoria então rompeu em prantos, gritando: "Doutor! Doutor!"

O médico que entrou era amigo de Jaques.

Após um exame minucioso, sua expressão foi se tornando cada vez mais grave, mas ele se manteve em silêncio sobre o que realmente pensava.

Ele apenas tentou tranquilizá-las: "Vou providenciar alguns exames, e assim que tivermos os resultados, decidiremos o que fazer."

Ao sair, lançou um olhar furtivo para Jaques, que estava sentado no sofá.

Jaques se levantou silenciosamente e saiu do quarto.

Eunice, sentada ao lado dele, mal disfarçou um sorriso.

Cega... ótimo, como Adriana iria competir com ela agora?

Do lado de fora.

Jaques, sem esperar que seu amigo falasse, revelou uma rachadura em sua habitual compostura: "O que podemos fazer para ela voltar a enxergar?"

Seu amigo ficou surpreso, pois nunca havia visto Jaques com um olhar tão desesperado.

"Agora você se preocupa? Eu já tinha te dito que ela estava emocionalmente instável, por que isso teve que acontecer?"

"Recuperação da visão!"

...

Adriana, acompanhada por Victoria e uma enfermeira, completou todos os exames.

Quando retornaram ao quarto, a polícia chegou trazendo dois dos homens.

Quanto ao terceiro, Jaques o havia espancado com tanta fúria que ainda não havia recobrado a consciência.

O policial falou com seriedade: "Sra. Guerreiro, recebemos uma denúncia de sua colega de quarto e viemos investigar o caso."

Ao ouvir isso, Adriana, instintivamente, se escondeu atrás de Victoria.

Victoria a protegeu, com o coração apertado: "Eles fizeram isso com minha filha, o que mais vocês precisam saber? São animais, atacando uma mulher em grupo! Eu nunca vou perdoá-los!"

Os dois homens, feridos em diferentes graus, se retorciam de dor, mas naquele momento, a dor física era a última de suas preocupações.

Ao ouvirem as palavras de Victoria, seus rostos se tornaram pálidos de medo.

"Sra. Victoria, nós não sabíamos que ela era sua filha, se soubéssemos..."

"Calem-se! Não importa de quem ela seja filha, o que dá a vocês o direito de fazer isso?"

Victoria, que sempre foi delicada e gentil, com uma imagem impecável em público, nunca havia elevado a voz.

Mas naquele momento, sua raiva era tanta que seu corpo tremia de indignação.