Adriana sentiu de repente uma coceirinha na bochecha. Passou a mão, mas a sensação de formigamento só ficou mais forte.
Só percebeu o que estava acontecendo quando virou o rosto e levou um susto com o homem tão perto dela.
Tentou se afastar, mas quando o corpo dela tombou em direção à cama do hospital, ele a puxou de volta, prendendo-a contra o peito.
"No que você tá pensando?" Jaques perguntou baixinho.
"O Breno morreu." Adriana mordeu os lábios.
Jaques só fez um "uhum", sem demonstrar emoção nenhuma.
Mas o olhar dele não parava de passear pelo rosto de Adriana.
Ela não sabia se era impressão, mas teve certeza que Jaques estava sorrindo.
Não é à toa que todo mundo tem medo do Sr. Jaques: até ouvindo sobre a morte do irmão do melhor amigo, ele consegue sorrir.
Mas logo Adriana percebeu que ele não estava sorrindo por causa do Breno.
Ela franziu a testa: "Sr. Jaques, o que tem de tão engraçado?"
Jaques pigarreou: "Nada, não."
Ele estava estranho.
Adriana virou para olhar para Estela e de repente notou que o nariz da menina estava vermelho, e que haviam seis bigodes desenhados no rosto dela.
"Estela, o que aconteceu?"
"Coelho," Estela apontou para o desenho do coelhinho no seu caderno, depois apontou para si mesma, "Estela coelho."
Adriana deu um sorriso sem jeito, mas ao perceber o olhar travesso de Estela, seu sorriso congelou. Sentiu um mau pressentimento.
Pegou o celular e usou a tela como espelho.
"Minha cara!"
Com certeza, enquanto ela estava distraída, Estela aproveitou para desenhar ali.
Estela soltou uma risadinha e apontou: "Mamãe coelho!"
"Uhum." Jaques não conseguiu segurar o riso.
Adriana empurrou ele de leve: "Você fez de propósito!"
Jaques sorriu de canto e inclinou o corpo acompanhando o movimento.
"Ficou uma graça."
Ele olhava para Adriana com um brilho quente nos olhos.
O homem não fazia questão nenhuma de esconder o que sentia por ela. Se não fosse pela presença da criança, ele já teria tomado outra atitude.
Adriana levantou a mão para impedi-lo: "A Estela tá aqui."
Jaques olhou para Estela.
Estela piscou e logo abaixou a cabeça, concentrada nos desenhos.
Adriana arregalou os olhos. Como assim sua filha muda de lado tão fácil?
Enquanto isso, Jaques não tirava os olhos dela.
Ela virou o rosto e deu de cara com aquele olhar perigoso de Jaques.
Ele passou a mão pelo próprio nariz, olhou para a ponta dos dedos manchada de vermelho e, como se nada, levou aos lábios, limpando.
Os lábios finos sussurraram, sem som:
Vou cobrar depois.
Jaques vestia um terno completo, impecável, mas ainda assim emanava um perigo silencioso.
Adriana prendeu a respiração, pegou o lenço e limpou a boca dele.
"E se você se intoxicar?"
"Fica tranquila. Sou um homem de negócios. Antes de morrer, vou cobrar tudo que me deve."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Amoooooooo de paixão esse livro. Gostaria muito de poder escrever para a autora . É simplesmente perfeito 😍...
Mais mais mais...
Oi bom munto bom...
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🥰...
Mais mais mais mais mais...
Na melhor parte acaba o capítulo...
Boom dia...
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...