Dois dias depois.
O velório de Clarice foi realizado de forma discreta.
Adriana, precisando cuidar de Estela, não pôde ir até Cidade Solmar.
Jaques foi.
Como genro da Família Alves, fazia sentido, tanto pelo coração quanto pela razão, que ele comparecesse.
Pelo menos, não deixaria Mário e Bernardo perderem o respeito diante dos outros.
No dia em que ele partiu, Estela relutou em deixá-lo ir, e só depois de muita conversa conseguiu se acalmar.
Antes de sair, Jaques ficou parado na porta do quarto do hospital, olhando para Adriana.
"Não tem nada pra me dizer?"
"Se cuida na estrada." Adriana respondeu com frieza.
"Só isso?"
"O que mais esperava?"
"Tá bom."
Jaques fechou a porta e saiu.
Adriana estava preparando o café da manhã de Estela e, ao levantar os olhos, encontrou o olhar da menina.
Estela apoiava o rosto na mão, fitando Adriana.
"O que foi? Falei algo errado?"
Estela riu baixinho, tapando a boca, e começou a comer sem reclamar.
Aquele dia passou inteiro sem notícias de Jaques.
Talvez o enterro tenha sido corrido demais.
...
No cemitério.
Depois de se despedir dos convidados, Bernardo percebeu que Jaques não largava o celular e se aproximou devagar.
"Obrigado por hoje."
Já tinha avisado para os outros que Jaques e Clarice estavam separados fazia tempo.
Jaques não precisava ter ido.
Mas sua presença também foi um último gesto de respeito à Clarice.
"De nada." Jaques guardou o celular.
"Estela está bem?" Bernardo perguntou, preocupado.
"Já vai ter alta."
"Que bom."
Bernardo finalmente suspirou aliviado.
Os dois olharam em silêncio para a lápide de Clarice ali perto.
Tudo parecia passar como um sopro.
Bernardo comentou, em tom neutro: "Esperando notícias da Adriana?"
"Não."
"Vocês dois são teimosos." Bernardo fez um gesto de cabeça. "Vou ver meu pai. Fica à vontade."
"Obrigado."
Quando Bernardo se afastou, Jaques ficou olhando para a tela vazia da conversa, franzindo a testa.
Adriana era mesmo difícil.
Se ele não procurava, ela também não sentia falta.
Esses dias de beijos e abraços... pelo visto, era só ele se enganando.
...
No hospital.
Mariza devorava um pedaço de frango assado, e olhava Adriana, que quase destruía o arroz com os hashis.
Ela limpou as mãos, se aproximou e cochichou: "Adriana, tá pensando em quem?"
"Pensando..."
Adriana voltou a si na hora, percebendo que quase caíra na armadilha.
"Pensando nada, vamos comer."
Ela pegou a tigela e começou a comer.
Mariza quase riu: "Adriana, já te falei que homem precisa de carinho. Homem igual ao Sr. Jaques, que parece frio, é o mais fácil de agradar, sabia?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Amoooooooo de paixão esse livro. Gostaria muito de poder escrever para a autora . É simplesmente perfeito 😍...
Mais mais mais...
Oi bom munto bom...
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🥰...
Mais mais mais mais mais...
Na melhor parte acaba o capítulo...
Boom dia...
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...