Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 909

"Tanta experiência assim? Já namorou?" Adriana foi direta ao ponto, sem dó.

Mariza fez uma careta e ficou vermelha: "Nunca, não..."

Adriana desconfiou: "Nunca e tá vermelha por quê? Tá namorando escondido?"

"Que bobagem!"

A voz de Mariza subiu tanto que ela quase pulou do sofá.

Com essa reação exagerada, quem acreditaria que não?

Adriana largou o prato, curiosa: "Quem é? Eu conheço? Esses dias você só anda com a gente, os caras que eu conheço..."

"Ei! Peraí! A conversa era sobre você e o Sr. Jaques, por que tá puxando pro meu lado?"

Mariza, sem jeito, piscou rápido e voltou ao assunto de antes.

"Adriana, com meus anos de leitura de mangá, eu te digo: aqueles caras tipo o Sr. Jaques, sérios, meio perigosos, no fundo... são uma tentação só."

"Só de pegar na mão, dar um selinho, ou provocar um pouco, eles já ficam nas suas mãos."

"Adriana, relaxa, essa estratégia não falha."

Adriana arqueou a sobrancelha, com um sorriso maroto: "Você gosta do Evaldo? Vai me usar pra agradar o Sr. Jaques? Mariza, achei que te conhecia!"

"Não, não! Acabei de lembrar que tenho uma coisa pra fazer, fica à vontade, vou nessa!"

Mariza ficou toda atrapalhada, até o frango perdeu o gosto, juntou as coisas, jogou a bolsa nas costas e saiu correndo.

Adriana soltou uma risada.

Vendo que Estela já tinha terminado o jantar, Adriana arrumou a mesa e ainda contou mais um pouco de história pra ela.

Estela precisava descansar bastante, então logo pegou no sono.

Adriana foi tomar banho e, ao voltar, ficou deitada na cama ao lado, pensando na vida.

Virou de lado, olhando pra tela escura do celular, mordendo os lábios.

Mangá?

Será que é tudo isso?

Ela resolveu conferir.

Abriu o app de mangá que a Mariza recomendou e clicou em qualquer título do ranking pra começar a ler.

...

Mariza, com a bolsa apertada no peito, parou na porta do consultório e espiou pra dentro.

Antônio tinha tirado uns dias pra cuidar do velório do Breno Ferreira e ainda deu uma força pra mãe depois disso.

Por isso, ultimamente, só tinha tempo pra comer pão.

Antônio olhou Mariza de cima a baixo: "Você tá doida? Gosta do Cristian?"

Mariza deu de ombros: "E daí?"

"Gosta do quê nele?"

"Bonito, corpo legal."

"Será que dá pra ser menos superficial?" Antônio massageou a testa.

"Eu sou superficial mesmo." Mariza respondeu, sem culpa.

"Sem chance pra você."

"Por quê?"

"Ele gosta de mulher de perna longa." Antônio olhou pras pernas da Mariza.

"Meu romance... acabou." Mariza nem se abalou, afinal, era só uma paixonite.

"E sua quentinha também."

Antônio pegou a marmita e começou a comer como se não houvesse amanhã.

Quando Mariza tentou pegar de volta, alguém bateu na porta atrás deles.