Segundo Casamento Arruinado por um Marido em Coma romance Capítulo 30

“Eu não deixei de te amar.”

Ao ouvir isso, um estranho desconforto se instalou no coração de John.

Parecia que ela realmente poderia deixá-lo.

Mas então ele se lembrou de como ela havia feito trabalhos exaustivos apenas para pagar o tratamento da sua perna, de como havia levado duas facadas por ele, ela o amava mais que a própria vida. Aquele pânico inquieto foi diminuindo aos poucos.

Ela arriscou a vida para me salvar. Como poderia deixar de me amar?

“Deite e descanse. Vou pegar um remédio para febre.”

Ele notou uma sacola de entrega no chão, próxima à cama. Supondo o que havia dentro, rapidamente a pegou e conferiu de fato, havia várias caixas de remédio.

Pegou dois comprimidos para febre e encheu um copo com água. Com cuidado, ajudou-a a sentar na cama. “Lily, tome estes.”

Ela não queria que ele a alimentasse. Tentou pegar os comprimidos sozinha.

Mas a febre deixava sua visão turva e instável. Suas mãos estavam desajeitadas e sem coordenação, não conseguia pegá-los sozinha. Então deixou que ele colocasse os comprimidos em sua boca.

“Lily, como se sente agora? Se ainda estiver mal, podemos ir ao hospital.”

Claro que o remédio não faria efeito instantâneo. Ela não voltaria imediatamente a ser a de antes, animada e vibrante.

Ainda se sentia péssima.

Mas a Lily que corria até ele a cada pequeno desconforto, esperando algum consolo, já não existia mais. Ela havia se acostumado a ele favorecer Elsa, ao frio em seu olhar.

Eles estavam separados agora. Ela não se comportaria de maneira grudenta.

Simplesmente fechou os olhos, exausta, pensando silenciosamente em como fazê-lo partir.

Então ele recebeu uma ligação de Wendy.

Antes que ela pudesse falar, ele disse: “Lily, Elsa não está bem. Ela está tentando se machucar de novo... Preciso ir ao hospital.”

Ele encheu o copo de água até a borda. “Beba mais. Se ainda se sentir mal, me ligue. Vou mandar o Wayne te levar ao hospital.”

Ele estava claramente ansioso com o que poderia acontecer a Elsa. Pegando o celular na mesa de cabeceira, virou-se em direção à porta.

Quando alcançou o limiar do quarto de hóspedes, hesitou por um instante. Não se sentia completamente à vontade em deixar Lily assim.

Mas ela sempre fora forte. Uma febre não a mataria.

Elsa, por outro lado, era orgulhosa, mas frágil sempre à beira do limite.

Então ele saiu.

A porta se fechou com um estrondo final. Lily abriu os olhos lentamente.

Ele se importava com ela.

Mas não muito.

Mesmo quando ela queimava em febre, bastavam algumas lágrimas de Elsa para que ele corresse para ser seu cavaleiro.