John cuidadosamente, quase reverentemente, guardou o gravador de volta no bolso e disse roucamente, "Lily, vamos para casa..."
Ela pensava que ele estava irremediavelmente perdido.
Qualquer casal envolto na névoa do amor poderia fazer juras grandiosas. Mas quem, quando o relacionamento se desintegrou em pó, ainda honrava essas promessas?
A verdade era que tais declarações não eram nada mais do que mentiras tecidas sob a influência de hormônios.
"Lily, vamos para casa."
Quando ela não mostrou intenção de pegar sua mão, nem de voltar com ele, o rosto de John ficou ainda mais pálido.
Ele deu um passo à frente, pretendendo agarrar sua mão e simplesmente levá-la com ele.
Mas antes que pudesse tocá-la, o pé de James bateu forte em seu peito.
"Suma! Fique longe da Lily!"
Já instável, John caiu com força, a dor lacerando-o.
Houve um tempo em que Lily teria ficado de coração partido ao vê-lo assim.
Até um pequeno corte em sua mão era o suficiente para fazer seus olhos se encherem de preocupação.
Agora, ele procurava em seu olhar um lampejo dessa preocupação.
Mas, por mais desesperadamente que procurasse, ele não encontrou nada — apenas o profundo e evidente desprezo que o cortava até os ossos.
Ela não voltou com ele.
Em vez disso, ele a ouviu dizer a James, "Onde estávamos? Ah sim — nos beijando. Então um lunático apareceu do nada. Que azar."
"James, eu não quero ver esse maluco. Vamos para casa."
James lançou-lhe um olhar frio e ameaçador, depois a levantou facilmente em seus braços. "Certo. Vamos para casa."
Ela o chamou de azarado. Chamou-o de maluco...
A dor em seu peito tornava quase impossível respirar.
Mesmo assim, assistindo James levá-la embora, ele forçou as palavras para fora, roucas e desesperadas. "Lily, não volte com ele. Eu sei — você só não quer que eu veja a Elsa mais. Eu prometo! Nunca mais verei ela. Não use James para me provocar. Volte para mim, está bem?"
Ela não esperava que ele dissesse que desistiria de Elsa.
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