Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 1616

Ela estava lá, no hospital, comigo a seu lado, com Félix e com todas as pessoas cuidadosamente arranjadas pelo seu amado... E você, o que é que está fazendo aqui? Ela não precisa de você, e eu também não...

Olívia fez uma pausa, baixando os olhos para as próprias mãos entrelaçadas, que começaram a tremer incontrolavelmente.

"Ginés, sabe no que estou pensando agora? No filho que perdi..."

Ginés balançou, seus lábios pálidos abriram e fecharam sem emitir som, mas então ele ouviu Olívia continuar:

"Você sabe no que eu pensava enquanto estava presa naquele lugar escuro e úmido? Em como a cada momento eu desejava que você aparecesse milagrosamente ao meu lado... Depois lembrei de te ver ao lado da cama de Celina, falando com ela em voz baixa e com carinho. E então, eu me perguntei por que perdi nosso filho..."

"Quando eu mais precisava, você não estava lá. Agora você está aqui, sendo uma presença dispensável, e além de me dar nojo, você acha que eu teria algum outro sentimento por você?"

Cada palavra de Olívia era como um metal afiado, cravando-se no coração de Ginés.

Todos ao redor observavam em silêncio.

Chocados no íntimo.

Exceto Félix, provavelmente ninguém entendia claramente o que havia acontecido entre Olívia e Ginés mais de vinte anos atrás.

Sabiam que eles tinham algum tipo de relação no passado, mas desconheciam o quão profunda ela fora.

A perda do filho...

Era, de fato, uma tragédia dolorosa.

Naquela atmosfera constrangedora, todos assistiam, sentindo-se desconfortáveis com a privacidade que estavam invadindo.

"Você está certa." Após um longo tempo, Ginés finalmente falou, "Eu sou mesmo uma pessoa egoísta."

Os olhos de Olívia tremeram levemente, e o sarcasmo em seus lábios tornou-se mais intenso.

"Então, o que eu quero, tem que ser meu. A qualquer custo, não importa os meios."

"Você pode me detestar o quanto quiser, mas eu não vou deixar você ir. Nunca mais nesta vida."

A cabeça de Olívia zumbia, e a raiva girava em sua mente, prestes a explodir.

As veias da sua testa se tornaram visíveis, e ela apertou os lábios, soltando uma risada leve.

"Depois de tantos anos, sua falta de vergonha e egoísmo claramente alcançaram o auge. E se eu disser que não quero ficar ao seu lado?"

Ginés falou com a voz tensionada: "Você pode não querer. Mas o resultado não vai mudar."

Olívia riu com desdém e balançou a cabeça, "Se não te importa que eu seja um cadáver, então pode me ter."

Com isso, ela deixou claro que, nesta vida, ela preferiria morrer a ficar com ele.

Ginés sentiu sua respiração travar.

Uma súbita desordem quase o fez perder o equilíbrio.

"Nossas vidas tomaram caminhos diferentes há muito tempo. Você é marido de outra, e eu sou esposa de outro. Já somos sujos o suficiente, então não vamos sujar ainda mais a vida um do outro. Volte para cuidar do seu filho, e eu cuidarei da minha filha. Que cada um siga feliz."

"Vá embora. Eu te peço, volte para o seu país, onde você é o grande líder. O mundo não acaba por falta de ninguém. Você não estava bem antes?"

Olívia falou com um tom distante, mostrando uma determinação implacável.

Ginés virou-se para a porta fechada da sala de exames.

Selena estava grávida.

Hoje ele definitivamente havia batido de frente com o destino.

Desde o momento em que Olívia mencionou a gravidez de Selena, ele sabia que sua aparição de hoje havia destruído todos os seus esforços anteriores.

Entre eles, ele havia perdido muitas oportunidades.

Até o ponto de fazer com que a sempre calma e inteligente Olívia o odiasse.

O que ele tinha feito?

Como ele pôde fazer com que uma mulher que o amava o odiasse tanto?

Sua inteligência, sua generosidade, não eram de alguém que guardava ódio...

Olívia realmente não era alguém que odiava facilmente?

"Selena... estou te dizendo muito seriamente agora, mesmo que eu morra, você não pode deixar que algo aconteça com meus netos, senão... eu nunca te perdoarei!"

A expressão de Selena escureceu ligeiramente, "Do que você está falando?"

Olívia fechou os olhos por um momento e segurou a mão de Selena.

A mão tremendo, como se tivesse acabado de sair de água gelada, fez com que a mão de Selena se mexesse.

Ela olhou surpresa para Olívia, vendo o rosto pálido e preocupado dela.

"Não estou brincando, Selena..."

A mão foi apertada de volta, e sua voz parou.

"Você tem certeza de que quer repetir o que acabou de dizer?"

"Você quer mesmo que eu pese a importância deles contra a sua?"

Olívia não disse mais nada.

"Não vou deixar nada acontecer comigo, e nem a senhora ama mais eles do que eu."

Ninguém poderia substituir o sentimento de uma mãe.

Olívia assentiu, "Que bom que você está bem."

"Então... o que aconteceu antes? Eu ouvi a sua voz..."

Selena olhou novamente para Ginés.

Ginés encontrou o olhar dela, "Fui eu, deixei a sua mãe zangada."

Selena olhou para ele com os olhos semicerrados, "Você é mesmo habilidoso, nunca vi minha mãe tão furiosa com alguém que quase levantou o hospital inteiro."

Ginés sentiu, de alguma forma, seu humor melhorar.

Pelo menos, Olívia ainda tinha emoções por causa dele.