Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 2000

Alicia balançava as pernas.

"Octavio, eu realmente quero brincar aqui."

Renato coçou a testa ao lado, "Cara, o lugar já está todo arrumado, se a princesinha quer brincar, deixa ela brincar mais um pouco..."

Alicia levantou as sobrancelhas olhando para ele, "Pois é, já estou aqui, nem dois minutos, sair sem fazer nada é o mesmo que não ter vindo."

Octavio não se comoveu.

"Uma hora, só uma hora." Alicia tentou negociar.

Octavio finalmente parou, olhou para o bar já fechado e depois para os olhos esperançosos de Alicia, e por fim se inclinou para colocá-la no chão.

"Meia hora."

Alicia franziu a testa.

Octavio estava prestes a pegá-la novamente.

"Tá bom, tá bom, meia hora!"

Alicia pulou para escapar e foi em direção à área dos sofás.

Octavio observou enquanto os outros abriam espaço para ela. Alicia ficou no centro, abriu o casaco e entregou-o a um garçom ao lado.

Todo mundo em São Paulo sabia que a princesa da Família Martinez era deslumbrante.

Mesmo vestindo um casaco acolchoado, todos achavam ela incrível.

Mas quando ela tirou o casaco, revelando o vestido vintage vermelho escuro que usava por baixo, todos ficaram ainda mais impactados de perto.

O impacto era muito mais forte do que quando a viam à distância.

Ela era naturalmente delicada, com uma pele que fazia inveja a muitos. Agora, com aquele vestido justo de veludo vermelho escuro, sua pele parecia ainda mais clara e seu corpo esguio.

O decote quadrado exibia suas clavículas delicadas, ligando-se ao seu pescoço bonito, sempre a mais deslumbrante.

No coração de todos, admirando sua beleza, também sentiam que uma mulher deveria ser cuidada como ela, uma princesa mimada, arrogante, ousada, sem se importar com os outros...

Todos os traços que detestam em uma mulher eram irrelevantes no caso dela.

Porque ela tinha todos os atributos.

Era difícil desviar os olhos dela.

Uma família rica, um rosto bonito, um corpo perfeito...

Ter uma mulher assim era mais do que sorte.

Para aqueles olhares, Alicia parecia já estar acostumada, sem qualquer expressão diferente, inclinando-se para sentar-se no sofá.

O garçom trouxe um novo copo e encheu de bebida.

Alicia pegou o copo, viu Octavio se aproximando com um rosto sério e sorriu: "Feliz aniversário."

Levantou o copo.

"Se você ousar beber um gole..."

A voz fria de Octavio interrompeu, e Alicia hesitou, olhando-o por cima do copo com um olhar de advertência e ameaça.

"Estou te desejando feliz aniversário." Ela disse com uma expressão e tom de voz que pareciam tristes, claramente fingindo, mas parecia que ia chorar de tanta tristeza.

Todos os olhares de reprovação se voltaram para Octavio.

Cheios de acusação.

"Já não está mais feliz." Octavio disse calmamente, olhando para ela por alguns segundos.

Renato não aguentou, "Ela não é mais criança, você não acha que está sendo rígido demais? Ainda mais com ela bebendo um pouco bem debaixo do seu nariz, o que pode acontecer? Alicia, vamos brindar."

Alicia olhou para Octavio, "Pode ser?"

Aquele jeito dócil e obediente realmente dava prestígio a Octavio.

"Ah, pelo amor de Deus..."

Renato sentiu um aperto no estômago.

Família boa, beleza de tirar o fôlego, e ainda por cima tão obediente, era de matar de inveja qualquer um.

Octavio realmente tinha sorte, muita sorte...

Aquela atitude dócil, Octavio não via muitas vezes.

Ele sabia que ela estava lhe dando crédito em público, então, ele deveria ceder?

"Se você não falar nada, eu vou beber..."

Alicia disse, inclinando levemente o copo e tomando um gole.

Octavio a observou beber, seus lábios se apertaram um pouco.

A bebida estava um pouco forte...

Alicia não estava muito animada, mas ao ver a expressão de Octavio, meio contida e curiosa, deu duas goladas de uma só vez.

Vendo o rosto de Octavio ficando cada vez mais sério, Alicia finalmente colocou o copo de lado.

Com uma expressão de desagrado, ela comentou: "Não é bom..."

Renato sugeriu: "Que tal eu preparar uma bebida doce para você?"

Alicia, meio relutante, concordou com um aceno de cabeça. "Tá bom."

Parecia até que ela era menor de idade.

Mas vendo a cara de Octavio...

Era seu aniversário, então ele mandava.

Octavio, como se tivesse cronometrado, exatamente meia hora depois, pegou Alicia, que já tinha tomado duas bebidas doces, e a levou embora sem dizer uma palavra.

"Ei..."

Renato olhou para o relógio, o tempo exato fez sua boca se contorcer um pouco. Ele soltou um "droga" e não foi atrás.

Octavio encontrou o casaco dela, colocando-o em seus braços, um de cada vez, enquanto observava seu estado confuso e sua expressão permanecia firme.

No estacionamento atrás do bar, Rayan já esperava ao lado do carro.

Quando viu Octavio trazendo Alicia, ele rapidamente abriu a porta.

*

No fim das contas, não estava acostumada com bebidas fortes. No momento em que Octavio a ergueu, Alicia entendeu por que ele não queria que ela bebesse aquele drink.

A cabeça girava.

Durante todo o caminho, sentiu-se tonta, e Octavio andava rápido demais.

Sentada no carro agora, o calor a deixava ainda mais desconfortável.

Com a testa franzida, ela se encostou em Octavio, gemendo: "Octavio, estou tonta."

Rayan entrou no carro e, pelo retrovisor, observou a expressão de raiva de Octavio.

Ergueu uma sobrancelha e, com habilidade, ligou o carro.

Sem resposta, Alicia levantou a cabeça, encostando o queixo no peito dele, seu rosto corado e os olhos brilhando levemente.

"Octavio, estou tonta, faz uma massagem."

Octavio abaixou o olhar, encarando-a friamente.

"Você pediu por isso."

Alicia franziu o cenho, ergueu a cabeça e beijou o queixo dele.

"Tonta..."

Sua voz parecia chorosa, como um gatinho tentando ganhar carinho.