Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 2001

Ao vê-los partir, Mireia contraiu ligeiramente suas mãos meio rígidas, antes de cerrá-las firmemente.

Se pudesse, ela preferiria não ter voltado às pressas só para entregar pessoalmente o presente de aniversário que preparou com tanto carinho para ele.

Mesmo que ele aceitasse o presente com uma expressão indiferente, seria melhor do que o que acabou de acontecer, quando Alicia o recebeu em seu lugar.

Observando Octavio parar diante da porta e Alicia digitar o código com familiaridade para abri-la, Mireia sentiu um frio percorrer seu corpo.

Aniversário, tarde da noite, duas pessoas, e a fragrância de álcool que ela acabou de perceber nos dois...

Todos esses elementos juntos poderiam levar a apenas uma direção.

Será que o relacionamento deles estava avançando rápido demais?

No começo, ela não imaginava que Octavio realmente namoraria Alicia, assim como agora não consegue imaginar como Octavio agiria com Alicia...

Uma pessoa tão fria e distante, como ele poderia tratar uma mulher com ternura...

Ela mordeu os lábios com força, fechou os olhos e reprimiu esses pensamentos, antes de finalmente entrar no elevador.

*

Dentro de casa, Octavio colocou Alicia no sofá.

Alicia tirou os sapatos, observando enquanto Octavio se virava para ela e começava a ajudá-la a tirar o casaco.

Esses gestos já eram comuns para ela, que ergueu os braços e inclinou a cabeça para observar a caixa em suas mãos.

"Ela voltou especialmente para comemorar seu aniversário, não foi?"

Octavio não reagiu, puxou o zíper do casaco dela, levantou o braço dela para tirar uma manga, então a olhou calmamente.

Ela transferiu a caixa para a outra mão, permitindo que ele tirasse o casaco.

Enquanto ele guardava a roupa, ela se recostou no sofá, segurando a caixa, examinando-a de um lado para o outro.

"Você acha que, sendo tão óbvia em suas intenções, eu posso simplesmente ignorar?"

Mireia nem se dava ao trabalho de fingir. Poderia?

Octavio se aproximou, olhando-a de cima, "Não vai acontecer nada entre mim e ela."

Alicia o encarou com um sorriso enigmático, "Está me dizendo para não me importar com ela?"

Ela balançou a caixa em suas mãos, "Mesmo que sua atitude seja clara agora, receber presentes em toda 'data especial' é realmente um incômodo."

Finalmente, o olhar de Octavio pousou na caixa em suas mãos.

Logo, a caixa foi retirada das mãos de Alicia e, com um som de "plim", caiu na lixeira ao lado.

"Satisfeita?"

Alicia deu uma olhada na lixeira, mexeu os lábios, seus olhos brilharam, e ela sorriu desdenhosamente.

"Tonteira."

Octavio, vendo sua expressão propositalmente afetada, mexeu os lábios, "Então está me dizendo que a tontura de estar bêbada é intermitente, certo?"

Alicia não se importou, abriu os braços, olhando para Octavio, "Me leva para o quarto."

Octavio estreitou ligeiramente os olhos, seu olhar parou por alguns segundos no pescoço dela.

As mãos de Alicia se moveram, encorajando-o.

Ela parecia saber disso, por isso se atrevia a provocá-lo descaradamente.

Ele nunca tinha estado com uma mulher, e ele estava na idade em que os homens são mais vulneráveis a esse tipo de tentação inicial.

Talvez ela tivesse superestimado sua força de vontade.

Ou talvez apenas a força de vontade dela.

... vocês estão pensando demais, linha divisória...

Quando Octavio a trouxe de volta do banheiro, Alicia estava tão vermelha quanto um camarão cozido.

Ela tinha sido completamente vista, e quase totalmente tocada.

Agora, completamente sem forças, sendo colocada na cama macia, ela suspirou de alívio, pensando que sua próxima tarefa da noite era apenas dormir.

Mas ela estava redondamente enganada.

Octavio segurou seu queixo, "Você já está sóbria?"

Alicia assentiu, "Estou."

Octavio deixou seu olhar passear lentamente sobre a pele exposta dela, e começou a sorrir.

"Mesmo que você não estivesse bêbada, nós estamos em uma relação em que eu posso fazer o que quiser com você a qualquer momento, entende?"

Alicia piscou, "… Entendi, então agora podemos dormir?"

Octavio arqueou uma sobrancelha, "Você acha que apenas ver e tocar foi suficiente?"