Segundo Casamento，CEO só me quer? romance Capítulo 963

Numa pausa dramática, o velho fez questão de suspender suas palavras, lançando um olhar perspicaz sobre os rostos dos dois irmãos, com um tom de voz especialmente grave.

"Não esqueçam porquê a família do Alonso escolheu a atual Sra. Alonso! Ela é sobrinha neta da Rainha Júlia, filha adotiva de País Y. A família Terra não teme confronto, mas um choque direto poderia nos machucar dos dois lados. Se provocarmos a realeza de País Y... Lembrem-se que o controle daquela rota marítima no País Y foi conquistado por nós há anos, mas se a coroa resolver meter o bedelho, já pensaram nas consequências?"

David franziu a testa, permanecendo em silêncio por um bom tempo antes de dizer com os olhos semicerrados:

"Então a família Terra tem que agir de acordo com a cara dos Alonso?"

"Não disse que tem que agir conforme a cara deles, mas sem exageros, deixe esse assunto pra lá. Mesmo que você não tenha interesse amoroso pela Andrea, cresceram juntos, a considerar como uma irmã não é demais!"

"Impossível," disse David em tom apático, levantando-se do sofá.

"Se não tenho sentimentos por ela, então não haverá nem mesmo laços fraternais. Não permitirei que uma mulher que possa prejudicar a Selena fique ao meu lado."

"Você... ouviu o que eu acabei de dizer? Nem de aparência você pode agir?!"

"Não."

Essa resposta quase levou Tauro à loucura. "E a Andrea, o que pretende fazer com ela?"

"O que tiver que ser feito. Mas, considerando o que você acabou de dizer, não irei a matar."

"Você... ainda pensa em matá-la... seu moleque desgraçado! Por uma mulher, você está... louco!"

David puxou levemente o canto da boca, "Hmm."

Hmm?Ainda hmm!

Tauro, segurando firme sua bengala, precisou de todo o controle para não arremessar contra ele.

Quando David saiu, a bengala permaneceu imóvel.

Hélio mal conseguia conter o riso interior.

Isso era típico do irmão mais velho, que não temia nem mesmo a ira do patriarca.

-

Quando David desceu as escadas, a sala parecia uma verdadeira confusão, com grupos distintos: senhoras, moças, crianças e jovens senhores.

Ao verem David descer, o burburinho cessou de repente.

Uma criança chorosa calou-se após um soluço, fixando os olhos lacrimejantes em David que descia as escadas sem demonstrar ter percebido a comoção.

Com passos firmes e expressão serena, ele desceu e parou na sala, vestindo um terno cinza elegante e uma camisa branca sem gravata, com o colarinho levemente aberto.

Todos presentes se perderam em pensamentos.

Apesar de serem da mesma família, encontros com David eram raros.

Na infância ainda era comum, mas conforme cresciam, ele se envolveu em treinamentos e estudos, depois partiu para o exterior e aos poucos assumiu a empresa, andando sempre ocupado.

Para alguns, era como se vissem David pela primeira vez.

Indubitavelmente, ele era alguém que instantaneamente fazia os outros se sentirem inferiores.

David permaneceu no lugar, seus olhos escuros deslizando suavemente pela sala, enquanto olhava para todos que o observavam, com uma sombra de preocupação entre suas sobrancelhas.

"O que foi?"

Suas palavras frias e profundas cortavam como uma lâmina.

Os presentes na sala, voltando a si, não sabiam o que responder.