Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1009

Às seis horas, Luiza desceu pontualmente. Para sua surpresa, encontrou Liam novamente.

Liam estava sentado no sofá. Ao ver ela, sorriu e disse:

— Oi, jovem empregada.

Ele vestia um terno claro, e ao se aproximar, seus cabelos loiros e olhos azuis lhe conferiam um ar extremamente charmoso.

Luiza ficou surpresa.

— Você voltou sozinho?

— Sim, fizemos a visita ao grupo hoje e saí mais cedo à tarde. Comprei isso para você.

Liam estendeu um saco com um par de luvas dentro.

Luiza tentou recusar.

— Não precisa, obrigada.

Ela não tinha dinheiro para retribuir.

Liam insistiu:

— Foi algo barato, não é nada valioso. Notei que suas mãos estão congeladas e você precisa cuidar das plantas e podar galhos todos os dias. É melhor usar luvas.

Ele forçou o saco em suas mãos.

Luiza tentou recusar novamente.

— Sério, não é necessário.

— Eu disse que não é caro.

Ele realmente não havia comprado algo caro, apenas custou algumas dezenas de reais.

Diante da insistência, Luiza acabou aceitando.

— Obrigada.

Na verdade, ela realmente precisava das luvas. O tempo ainda estava muito frio e o inverno seria longo.

No entanto, assim que pegou o saco, ouviu o som de passos se aproximando.

Miguel e Ivy haviam retornado. Ao ver o saco nas mãos de Luiza, o rosto de Miguel ficou indecifrável.

— O que você comprou para ela? — Miguel perguntou diretamente a Liam, com um olhar afiado.

Liam respondeu:

— Apenas um par de luvas. Miguel, você ainda não sabe? As mãos dessa pequena empregada estão cheias de feridas do frio, parecem tão lamentáveis, eu não pude deixar de ajudar.

— Eu entendo, mas o Sr. Miguel já está irritado. Ele pediu para você ir até lá.

Luiza sentiu uma pontada de frustração.

Ela já não se opunha a nada e estava fazendo o trabalho de empregada, mas ele ainda assim não parecia satisfeito.

Era como se, por causa das mentiras que contou anteriormente, ele sentisse necessidade de humilhá-la sempre que tivesse oportunidade.

Com um sentimento de tristeza, Luiza subiu para o segundo andar da mansão principal.

Miguel estava no segundo andar e, ao ver ela chegar, lançou um olhar penetrante sobre ela.

— Como você fez a limpeza aqui em cima? Está cheio de poeira. Você realmente está se dedicando ao trabalho?

Miguel apontou para uma mesa ao lado, onde havia uma camada de poeira cinza, seu olhar era sarcástico enquanto recaía sobre Luiza.

Luiza suspirou por dentro e explicou:

— O segundo andar costumava ser limpo por três empregadas. Agora, eu estou sozinha e não consigo dar conta.

Ela havia passado o dia limpando o chão e, quando terminou, já estava quase escuro. Só conseguiu limpar de forma superficial os móveis grandes, e os detalhes menores e objetos decorativos acabaram sendo deixados de lado.

— Você tem muitas desculpas, não é? — Miguel riu com desdém.