Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1014

Suas palavras tinham uma intenção ameaçadora.

Não havia câmeras no quarto das empregadas, então não havia como provar quem jogou a água. Luiza nem sequer tinha um celular, o que impedia que ela tirasse uma foto ou gravasse uma prova sem ser notada.

Por isso, ela permaneceu em silêncio.

Ao ver que ela não respondia, as três empregadas riram com desprezo, seus olhares carregados de escárnio e desdém.

Luiza acreditava que elas estavam provocando de propósito, mas decidiu não reagir.

Eram três contra uma, e talvez estivessem tentando instigar ela. Se uma briga começasse, ela estaria em desvantagem. Se o caso chegasse aos ouvidos do mordomo e fosse provado que ela começou, sem qualquer evidência a seu favor, ela seria rotulada como a encrenqueira.

Além disso, ela não queria desperdiçar energia com pessoas tão insignificantes. Se virou e saiu do quarto, mas as risadas das empregadas ainda ecoavam em seus ouvidos.

— Viram só? Aquele olhar dela parecia que ia me devorar. — Milena disse em um tom alto e sarcástico.

Outra empregada acrescentou:

— Eu pensei que ela fosse nos atacar, mas acabou saindo toda amedrontada.

— Se ela tivesse a audácia de nos atacar, eu teria arranhado o rosto dela. Somos três, não temos medo dessa vagabunda.

— Exatamente, ouvi dizer que ela não só está flertando com o Sr. Miguel, mas também com o Sr. Liam. Realmente, não tem vergonha na cara, vai atrás de qualquer homem rico que aparece.

— Se não fosse pela beleza que ela tem, o que mais ela teria?

As palavras ofensivas continuavam a sair do quarto.

Luiza pensou que sua reputação na Mansão Jardim provavelmente estava destruída por causa dessas fofocas, e que seus dias ali não seriam fáceis.

Agora que ela se tornou a empregada pessoal de Miguel, era o alvo da inveja delas.

Se sentindo exausta, Luiza se sentou no jardim, refletindo sobre o que deveria fazer a seguir.

Em poucos minutos, ela chegou a uma conclusão.

Ela não podia simplesmente esperar e aceitar o que viesse.

De alguma forma, ela teria que lutar.

Caso contrário, ficaria presa naquele lugar, sem saber o que acontecia lá fora, gastando suas energias com aquelas empregadas sem-cérebro. E ainda teria que enfrentar a nova patroa, Alice, no futuro...

Vestia uma camisa preta dele.

A camisa larga destacava ainda mais sua estrutura esguia, uma perna dobrada sobre o sofá, enquanto a outra balançava, revelando uma pele alva que despertava pensamentos.

Ela apoiava a cabeça com uma das mãos. Quando o viu entrar, se levantou e caminhou em sua direção.

Os pés descalços tocaram o chão.

Miguel, sem entender o porquê, seguiu seus passos com o olhar, até que seus olhos finalmente pousaram no rosto dela. Ele perguntou em um tom indiferente:

— Por que está vestindo minha camisa?

— Você já sabe. Por que perguntar? — Luiza ergueu os olhos e colocou as mãos ao redor do pescoço dele.

Miguel a observou em silêncio por alguns segundos.

— Está tentando me seduzir?

— Não é isso que você quer que eu faça? Você me trancou aqui, tirou meu celular, me promoveu a sua empregada pessoal, fez com que todas as empregadas me odiassem, me excluíssem. Não queria me colocar numa posição difícil para que eu viesse até você?