Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1200

— Por que você acordou? — Luiza ficou um pouco chocada. — Você não estava sob efeito de anestesia?

— Foi anestesia local no braço.

Luiza arregalou os olhos, surpresa.

— Então, quer dizer que você estava acordado o tempo todo?

— Sim.

Ele sabia que ela tinha chorado e segurado a mão dele? A mente de Luiza ficou confusa.

— E por que você não disse nada?

— Quando saí da sala de cirurgia, eu estava exausto, então fechei os olhos, mas, de alguma forma, percebia que alguém estava segurando minha mão. Era você, né... — Miguel abriu os olhos e, ao ver que era ela, ficou visivelmente feliz. Isso mostrava que ela se importava com ele.

Luiza, no entanto, parecia desconfortável. Respondeu, um pouco emburrada:

— Você deveria ter dito alguma coisa.

— Eu já disse, eu não tinha forças. — Ao salvar Felipinho, ele havia usado toda a energia que tinha e agora estava completamente esgotado.

Luiza percebeu a exaustão dele e decidiu não insistir. Com os olhos vermelhos, disse suavemente:

— Se você está tão cansado, descanse um pouco. Quando acordar, conversamos.

— Tá bom. — Ele realmente estava muito cansado e fechou os olhos devagar.

Luiza permaneceu no quarto do hospital, esperando até que ele adormecesse. Não saiu de lá nem por um instante.

Finalmente, seu coração pôde se acalmar.

Ela pegou o celular para avisar ao Eduardo e a avó que tudo estava bem.

A avó respondeu:

— Luiza, o Felipinho acordou. Quando tiver um tempo, venha vê-lo.

— Tá bom, já estou indo.

Antes de sair, Luiza deu mais uma olhada na cama. Miguel dormia profundamente.

Ela saiu, pedindo aos seguranças de Miguel que cuidassem dele, e foi para a ala infantil do hospital.

Felipinho já estava acordado, deitado no ombro de Melissa, com uma expressão tranquila.

— Agora está tudo bem, Felipinho. Tudo isso já passou... — Luiza o consolava com todo o carinho.

Felipinho chorou por um bom tempo. Finalmente, ele lembrou de algo e levantou os olhos para perguntar:

— Mamãe, e o papai? Ele parecia estar machucado...

— Seu pai está bem. Ele foi ao médico, a ferida foi tratada e está tudo resolvido.

— Deve ter doído muito. Quando os bandidos me pegaram, acertaram o braço dele...

Luiza assentiu e beijou a cabeça dele.

— Seu pai se machucou para salvar você, mas agora ele está bem. Não se preocupe demais.

Depois de muito tempo sendo consolado, Felipinho finalmente se acalmou e acabou adormecendo novamente.

Luiza observou o rosto sereno do filho por um momento, depois saiu para procurar os médicos.

Eles disseram que a criança já estava fisicamente bem e que, quanto ao aspecto psicológico, uma consulta com o psicólogo seria organizada para o dia seguinte.

Luiza assentiu. Só esperava que Felipinho pudesse superar o trauma o mais rápido possível.