Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1205

Ao ouvir essas palavras, Luiza ficou um pouco preocupada e ergueu a mão para abrir a porta do quarto, querendo verificar como estava Felipinho.

Mas Felipinho parecia perfeitamente normal, sentado na cama, montando um modelo de iate, com a mesma postura calma e centrada de sempre.

"Será que o Felipinho está escondendo os sentimentos no fundo do coração? Por que nunca percebi que ele era assim? Essa genética é mesmo muito forte... Desde pequeno, ele tem uma personalidade tão parecida com a do Miguel. Não fala sobre o que sente, guarda tudo dentro de si?"

Ela, de repente, sentiu uma certa tristeza e o chamou:

— Felipinho. — Então, tentou se aproximar para abraçá-lo.

— Mamãe! — Felipinho, ao ouvir a voz da mãe, largou o modelo que tinha nas mãos e se virou para abraçá-la.

O coração inquieto de Luiza foi instantaneamente preenchido por aquele abraço caloroso, e ela sentiu seus olhos ficarem levemente marejados.

Com um tom abafado, Felipinho perguntou:

— Mamãe, como está o papai agora?

— Ele está bem... — Luiza não queria que Felipinho se preocupasse.

Mas Felipinho insistiu:

— Eu posso ir ver o papai?

"Eles dois, pai e filho, claramente estão sentindo falta um do outro. Talvez por terem passado juntos por aquela situação tão perigosa, isso tenha criado um vínculo especial entre eles?"

— Claro. — Luiza segurou a mão de Felipinho e o levou para fora do quarto.

Melissa e Dalila conversavam no corredor. Quando os viu saindo, Melissa perguntou:

— Vai levar Felipinho para onde?

— Vou levá-lo para ver o pai. — Luiza respondeu e continuou em direção ao elevador com Felipinho.

Melissa olhou para Felipinho com um olhar cheio de ternura.

Ela só esperava que o ocorrido não deixasse cicatrizes muito profundas no menino...

No quarto, Miguel estava recostado na cabeceira da cama, lendo alguns documentos.

Eduardo havia acabado de chegar e estava relatando os acontecimentos do dia anterior:

Miguel pareceu adivinhar o que estava acontecendo, mas não disse nada. Ele estendeu a mão para o Felipinho:

— Vem cá passar um tempo com o papai.

Felipinho se sentou na cama ao lado de Miguel. Os dois, um grande e outro pequeno, ficaram frente a frente.

Miguel dispensou Eduardo, pedindo para que ele saísse.

Momentos depois, pediu também que Luiza fosse buscar água.

Luiza obedeceu e saiu. Quando voltou, trazendo uma jarra de água quente nas mãos, estava prestes a abrir a porta do quarto quando ouviu Miguel conversando com Felipinho:

— Felipinho, sabia que essa situação que enfrentamos não é nada demais? Você é meu filho, e durante seu crescimento, situações como essa continuarão a surgir. Através delas, você vai se tornar mais forte e corajoso. Precisa aprender a aceitá-las, aceitar que o mundo não é um lugar totalmente seguro, que há perigos em todos os cantos...

Ouvindo isso, Luiza parou de caminhar, soltou a mão da maçaneta e não entrou.

Felipinho ficou em silêncio por um momento antes de perguntar:

— Papai, você também já passou por situações assim?