Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 1221

Yago estava conversando com Helena. Recentemente, todos os assuntos relacionados a Helena estavam sob sua responsabilidade.

— Miguel, está me procurando?

— Sim. — Miguel respondeu, iniciando com uma pergunta sobre a condição de Helena.

Yago olhou para Helena, deitada no leito do hospital. Ela parecia relativamente bem. Ele disse:

— A tia está estável. Hoje ela até tomou um pouco de sopa.

Helena já não conseguia mais comer direito. Provavelmente, dentro de duas semanas ou, no máximo, um mês, ela partiria.

— Ela pode falar ao telefone? Se puder, passe o telefone para ela. — Pediu Miguel.

Yago pegou o celular e se aproximou:

— Tia Helena, é o Miguel.

Na unidade de terapia intensiva, apenas médicos e enfermeiros podiam entrar livremente.

Helena olhou para ele. Sem forças para pegar o telefone, disse com voz fraca:

— Yago, ative o viva-voz para mim.

Yago apertou o botão do viva-voz.

A voz de Miguel saiu pelo telefone:

— Mãe, como está se sentindo hoje?

Miguel trocou algumas palavras gentis com ela.

Helena deu um leve sorriso:

— Estou bem.

— Quero te falar sobre uma coisa.

Miguel só precisou introduzir o assunto para que Helena imaginasse do que se tratava. Ela franziu levemente as sobrancelhas e disse:

— Agora está me culpando? — Helena ficou imóvel por um momento.

— Não estou te culpando. Só estou dizendo que, quatro anos atrás, as coisas poderiam ter sido resolvidas de forma muito melhor. — Ela era sua mãe, e Miguel não a culpava. Mas havia coisas que ele precisava dizer. — Eu pedi para o Yago te levar o vídeo. Acredito que você já o assistiu. Na verdade, o Bryan tentou salvar o papai, mas não chegou a tempo. O papai caiu, e, tecnicamente, o Bryan é a pessoa a quem deveríamos ser gratos...

Miguel não queria discutir sobre quem estava certo ou errado. Ele só queria explicar à sua mãe que, na verdade, nunca houve um rancor real entre as duas famílias.

Helena não disse nada.

Ela, na verdade, sabia que tinha errado.

Se, quatro anos atrás, ela tivesse ouvido seu filho, talvez ele não tivesse se separado de Luiza. E a crise do Grupo Sunland poderia ter sido evitada.

Depois de um longo silêncio, a voz fraca de Helena voltou a ser ouvida:

— Eu sei, você me odeia...

— Eu não te odeio. — Miguel nunca odiaria uma pessoa que estava prestes a falecer. Ele respondeu com seriedade. — Talvez você ainda não saiba, mas eu tenho um filho...