Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 172

- Quem te deu permissão para sugerir essas coisas à minha mãe? - Miguel parou, olhando ela de cima para baixo.

Clara ficou surpresa e seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas.

- Miguel, não fui eu quem sugeriu, foi a sua mãe.

- Ela pensa que o filho que você espera é meu, claro que sugeriria isso.

Clara ficou atônita, baixando a voz:

- Fale mais baixo.

Ela temia que as pessoas de Helena ouvissem essa frase.

Miguel manteve uma expressão indiferente.

- Você sabe muito bem qual é o nosso acordo.

Clara, com lágrimas nos olhos, disse de forma pungente:

- Mas você não disse que realizaria qualquer desejo meu? Meu desejo agora é casar com você.

- E daí se eu casar com você? Você sabe que eu não te amo. - Miguel permaneceu impassível.

- Eu sei, mas ainda te amo. - Sua voz era suave. - Não quero que você sofra, por isso me dediquei a cuidar da tia, quero apenas fazê-la um pouco mais feliz e realizar o desejo dela.

Miguel achou isso engraçado.

- Agradeço por cuidar da minha mãe, mas você faz isso por si mesma, quer que ela goste de você, então a agrada. Não é para me fazer feliz, nem para realizar o desejo dela, mas o seu.

Clara, atingida pelas palavras, empalideceu por um momento, mas logo recuperou sua compostura, disse gentilmente:

- Miguel, sua mãe já se encontra nessa situação, deixe ela um pouco feliz. A Lulu não pode ter filhos, se você continuar com ela, sua mãe vai acabar morrendo de raiva...

Nesse ponto, o olhar de Miguel se tornou gélido.

Clara continuou:

- O câncer de estômago é, afinal, uma doença emocional. Se o estado emocional da tia piorar, a doença só vai se agravar...

Miguel olhou para ela friamente.

- Não fale mal dela.

- Ela merece? - Clara, com um olhar gelado, disse. - Minha família é claramente melhor que a dela, mas o Sr. Souza simplesmente não gosta de mim. O pai da Luiza armou para o Miguel, por que o Sr. Souza concordou em consentir o casamento dela com Miguel? E por que ele gostaria dessa desgraçada? Por que o mundo é tão injusto?

Ela estava cheia de ciúmes, seus olhos cheios de ódio.

- Bem, já que ele ama Luiza, vou fazer com que Luiza não tenha onde ser enterrada!

Depois que Miguel saiu, ele dirigiu até a Luminar Joias.

As luzes da Luminar Joias já estavam apagadas.

Provavelmente, ela estava dormindo.

Miguel não subiu, baixou a janela do carro, acendeu um cigarro; no escuro, a luz vermelha na ponta dos seus dedos brilhava intermitentemente.

Ele poderia subir e se enredar com ela novamente.

Mas ele sabia que não podia prometer nada a ela, e cada encontro seria apenas mais um dano. Melhor deixar como estava.

Apagou o cigarro e dirigiu para longe.