Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 219

Miguel retirou discretamente a mão e se virou para o médico, perguntando:

- O que aconteceu?

- Provavelmente foi um susto. - Respondeu o médico.

- Miguel, eu também não quero especular sobre o caráter da Luiza, mas ela realmente me empurrou agora há pouco, eu estava com muito medo... - Clara soluçava enquanto as lágrimas giravam nos seus olhos.

Ela temia que, se não mencionasse isso, Miguel deixaria passar, ela precisava que ele interviesse.

- Esta questão, depois de investigada, darei a você uma explicação. - Disse Miguel de lado, instruindo Eduardo a investigar o assunto.

Depois de toda essa agitação, ele percebeu que Luiza não tinha vindo ao hospital.

Miguel franzia o cenho, pronto para ligar para Luiza, quando Clara começou a gemer de dor novamente.

- Miguel, minha barriga está doendo muito, você pode me tocar...

- Não se deve tocar na barriga de uma mulher grávida. - Lembrou o obstetra.

Com outras pessoas na sala, Clara não podia fazer nada além de segurar a mão de Miguel e chorar.

Menos de uma hora depois, as imagens das câmeras de vigilância foram entregues. Eduardo sussurrou para Miguel:

- No momento do incidente, a Sra. Luiza e a Sra. Clara estavam brigando no corredor e então a Sra. Clara caiu.

Não estava claro se Luiza empurrou Clara, pois estavam lutando no momento do incidente e a situação não era clara.

- O que vocês estavam discutindo naquele momento? - Miguel perguntou a Clara.

O olhar interrogativo de Miguel a fez tremer levemente. Ela segurou os seus dedos discretamente e disse:

- Eu estava apenas dizendo a Luiza que você prometeu cuidar do meu filho, ela não acreditou e foi confrontar você. Eu temia que vocês dois começassem uma briga, então fui a impedir, mas ela me empurrou...

Ela contou sua história com uma expressão de dor.

Miguel franzia a testa.

- Ela não parece ser assim.

O corpo de Clara ficou tenso e as lágrimas começaram a escorrer.

- Não importa se foi intencional ou não, ela me empurrou.

- Naquele momento, vocês estavam lutando, é difícil dizer quem estava certa ou errada.

Miguel não queria mais aprofundar o assunto.

Clara olhou com determinação nos olhos e disse com uma voz doce e trêmula:

- Eu sei que você tem um favoritismo por ela. Mesmo sabendo que ela me empurrou, você ainda está do lado dela.

- Já passa das dez, não fique fora por muito tempo, volte para casa cedo.

Luiza ficou em silêncio por um momento.

- Você vai voltar hoje à noite?

- Eu tenho que ficar no hospital esta noite. O médico quer que a Clara passe a noite aqui para observação, tenho que ficar com ela.

Ele tinha que ter certeza de que ela estava bem.

Luiza sentiu um vazio inexplicável ao ouvir isso.

- Então, fique com ela, tchau.

Ela desligou a ligação e o carro parou no Jardins da Serra, número 8.

Theo lembrou:

- Luiza, chegamos no Jardins da Serra.

Luiza estava deprimida, então de repente disse:

- Você pode me levar para Chapada Diamantina?