Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 225

Uma única frase fez com que Luiza sentisse um frio por todo o corpo, e ela se virou para olhá-lo.

Miguel repetiu a mesma frase:

- Volte comigo.

Luiza respirou fundo e, finalmente, disse a Theo:

- Theozinho, descanse bem aqui, eu volto amanhã para te ver.

- Certo. - Theo sorriu suavemente, sempre mantendo sua habitual serenidade.

Luiza seguiu Miguel para fora do quarto do hospital.

Ela não esperava que, no fim, ele usasse seu pai como ameaça.

Luiza se sentiu desapontada.

Enquanto seu pai estivesse preso, ela estaria à mercê de outros, incapaz de agir livremente.

Os dois deixaram o hospital e entraram no carro.

Durante o trajeto, não trocaram uma palavra.

Luiza não queria dizer nada, apenas se encostou na janela do carro e fechou os olhos.

Ao chegarem aos Jardins da Serra, Lívia os recebeu:

- Senhor, senhora, vocês voltaram? O jantar já está pronto, venham comer enquanto está quente.

Miguel não respondeu e se dirigiu à sala de jantar.

Luiza, por outro lado, disse a Lívia:

- Lívia, não estou com fome, vou subir.

Ela estava exausta e sem vontade de comer.

Lívia foi informar Miguel.

Quando Luiza estava subindo as escadas, ouviu o som de pratos sendo quebrados na cozinha.

Ela se assustou e se apressou em direção ao andar de cima.

Ao chegar ao quarto, procurou o kit de primeiros socorros e aplicou um pouco de medicamento no joelho, pois não havia tido tempo de cuidar disso no hospital.

Poucos minutos depois, Miguel abriu a porta, com um semblante tão sombrio quanto nuvens de tempestade:

- Você vai comer ou não?

Ele a confrontou de maneira agressiva.

- Já disse, depende do meu humor.

Na verdade, ele relutava em libertar Bryan; afinal, o tinha colocado na prisão com tanto esforço, e soltá-lo agora seria em vão.

Helena concordou em ajudar porque desconhecia o que Bryan havia feito contra Zeca.

Se a família Souza descobrisse a traição de Bryan contra Zeca, não só Helena, mas até mesmo o Sr. Souza não aceitaria Luiza.

Miguel ainda hesitava sobre essa questão.

Porém, sua hesitação, aos olhos de Luiza, era vista como procrastinação e engano; seu olhar se tornou gélido, e seu rosto, inexpressivo.

Após aplicar o medicamento, Miguel disse:

- Não vá mais ao hospital visitar o Theo.

Luiza olhou para ele.

Ele prosseguiu:

- Contratei alguém para cuidar dele e também conversei com o médico, que disse que ele poderá ter alta após dois dias de repouso.

Um pensamento estranho surgiu na mente de Luiza.

Ele estava afastando ela de todos, mas também não libertava seu pai; assim, ela só teria ele para depender.