Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 272

- Agora por que não faz mais aquelas coisas como antes?

Os olhos de Miguel deslizaram pelo robe que ela usava, o pijama dela agora era muito mais conservador.

Luiza corou, murmurando:

- Não fique sempre me lembrando do meu passado. Eu cresci agora, não farei mais essas bobagens.

- Quem disse que aquilo era bobagem? - Miguel perguntou. - Por acaso não é natural se apaixonar à primeira vista?

Ele realmente gostava de provocar, não era?

Luiza ficou vermelha de vergonha.

- Foi porque eu era jovem, certo? E você nunca fez algo assim antes? Nunca teve uma paixonite?

A paixão secreta era realmente agridoce.

Ficar acordado até tarde da noite, pensando incessantemente em alguém, tão cheio de saudades que era difícil dormir, e o coração e os olhos cheios apenas daquela pessoa. E frequentemente imaginando se a outra pessoa também sentia o mesmo?

Se eles se encontrassem, ela não se atreveria a expressar seus sentimentos abertamente, nem mesmo teria coragem de espiar discretamente, o que tornava tudo bastante desconfortável.

Embora ela soubesse que tinha escolhido amar a pessoa errada, ela não se arrependia, pois somente Miguel poderia incitar nela essa paixão secreta, a fazendo ansiar por ele profundamente.

Mas esse sentimento logo seria enterrado no fundo do seu coração.

Ela não sabia quanto tempo levaria para o superar de verdade depois de se separarem, mas o tempo acabaria por amenizar tudo, não era?

Então, depois de terminarem a refeição, Luiza perguntou:

- Quando você vai embora?

Miguel estava sorrindo um pouco, mas quando ouviu sua pergunta, seu rosto esfriou.

- Quer me expulsar?

- Já passa das nove, e vai levar pelo menos meia hora para você voltar para Quinta do Lago. Amanhã de manhã você ainda precisa ir ao hospital ver sua mãe. É melhor ir logo. - Disse Luiza, enquanto começava a arrumar a mesa.

Miguel apertou os lábios.

Depois de um momento, ele se levantou para ajudar.

Luiza viu que ele também estava ajudando e não disse mais nada, esvaziando o restante da comida no triturador de lixo e colocando os pratos na máquina de lavar louça.

Miguel fez o mesmo, e quando terminaram, Luiza estava prestes a sair quando Miguel segurou sua mão.

Luiza ficou surpresa, se virando para o olhar.

- Eu só vou pegar algumas roupas. Todas as minhas roupas estão no seu closet.

Luiza ficou sem palavras.

Parecia que da última vez ele mandou alguém trazer milhares de roupas, que agora estavam todas penduradas no closet dela.

Luiza teve que o deixar entrar e pegar um pijama e um terno para usar na manhã seguinte.

- Aqui estão suas roupas. O de cima é o pijama, e o de baixo é o terno para amanhã de manhã.

- Entendi.

Ele pegou as roupas, mas não saiu imediatamente. Ele apenas ficou parado olhando para ela.

A luz suave do abajur iluminava o rosto dela, criando um círculo de luz suave ao seu redor.

Enquanto Miguel a observava, ele estendeu a mão de repente, acariciando gentilmente seu rosto branco, depois seus dedos foram para a testa dela, tocando o curativo na cabeça dela com um olhar de simpatia nos olhos.

- A ferida ainda dói?

- Não, não dói mais.

Ela sacudiu a cabeça, mas coçou instintivamente.