Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 278

- Não consigo mesmo beber isso, é como sangue.

A cor também era como sangue, muito repugnante.

Miguel disse com voz séria:

- Se não beber, vai continuar tonta todos os dias. Você sabe quantos litros de sangue perdeu no acidente? Quase dois litros, por isso que ficou em choque e desmaiou por três dias.

Luiza franziu o cenho.

- Mas é que realmente não consigo beber.

- Mesmo assim, tem que beber.

Ele a obrigou a beber.

Luiza não teve escolha a não ser engolir com dificuldade. Depois de beber, sua garganta ficou especialmente irritada, e ela estendeu a mão em busca de água.

Miguel levou o copo até seus lábios, a alimentando com alguns goles, depois a abraçou ternamente e a fez arrotar.

Luiza ficou em seus braços, sentindo um amargor inexplicável no nariz.

Seu comportamento era bastante gentil.

Mas em sua mente, só havia as coisas entre ele e seu pai. Por que ele mandou seu pai para a prisão? Qual era o rancor entre eles?

Luiza já tinha tentado o sondar durante o jantar, mas Miguel não disse nada, então ela não ousou perguntar novamente.

Se sentia muito mal e começou chorando em seu abraço.

Uma lágrima caiu em sua camisa, queimando a parte de trás de sua mão. Ele baixou os olhos e viu que ela estava chorando.

- Por que está chorando?

- Não estou. - Sua voz estava abafada. - Só estou desconfortável.

- Tão desconfortável por tomar um remédio? Você é tão delicada assim? - Miguel brincou com ela.

Mas suas emoções não melhoraram. Ela fungou e continuou chorando.

Vendo que suas lágrimas estavam aumentando, Miguel ficou um pouco nervoso e enxugou os olhos dela com a mão, perguntando:

- Afinal, o que está acontecendo? Minha mãe te procurou hoje?

Sua voz ecoava no ar.

Luiza hesitou e levantou os olhos lacrimejantes.

- Como você sabe?

- Emerson me contou.

Miguel não escondeu dela.

De fato, Emerson estava a monitorando.

- Um pouco de rebeldia não faz mal, na verdade, acho que você está bem assim. Se não quer ouvir, não ouça. Você não nasceu para ouvir os outros, siga seu coração. Eu sou filho dela, então tenho que cuidar da saúde dela, mas você não precisa, se não quiser ir a ver, ela não pode fazer nada com você. Se ela te fizer algo, eu vou te proteger.

Ele falava tão bem.

Se ela não soubesse que seu pai foi enviado para a prisão por ele, talvez fosse enganada por esse homem novamente.

Mas agora ela estava esclarecida, apertou os lábios e disse:

- Entendi.

- Então agora você está se sentindo melhor, certo?

Ele se aproximou dela, com os lábios quase tocando os dela.

Luiza estava muito rígida, abaixou os olhos e disse:

- Sim, estou com sono.

- Está bem.

Miguel olhou para ela com ternura e a cobriu com o edredom.

Luiza fechou os olhos.

Passou muito tempo, e Miguel ainda não tinha saído. Na verdade, ela não estava com sono, mas com a presença de Miguel, ela não conseguia dormir.