Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 286

Luiza apertou os lábios, sem dizer uma palavra, se sentindo um pouco inquieta.

Naquela noite, a insônia a visitou. Ela pegou o novo celular e verificou a data, dia 22.

Em dois dias seria o aniversário de Helena, o mesmo dia do casamento de Miguel com Clara.

Será que depois desse dia Helena e Clara finalmente a deixariam em paz?

Luiza pensou distraída, mergulhando em um sono profundo.

Na manhã seguinte.

O sol nasceu.

Luiza ouviu o som de Sarah levando Hélio para fora.

Todas as manhãs, por volta das seis, Sarah levava Hélio até a entrada da vila e depois ia à cidade comprar mantimentos.

Luiza acordou e não conseguiu mais dormir.

Vestiu um vestido branco simples, abriu a porta da frente e começou a varrer, limpar os armários e as mesas...

De repente, mãos ásperas a agarraram por trás.

Luiza deu um salto e se virou.

Era Arthur, o solteirão que vendia carne ao lado.

Com um sorriso lascivo em seu rosto oleoso, Arthur respirou pesadamente:

- Garota, o que você está fazendo aqui varrendo o chão tão cedo?

Luiza entrou em pânico e pisou no pé dele antes de tentar o acertar com a vassoura.

Mas Arthur, acostumado a lidar com porcos todos os dias, era forte e conseguiu arrancar a vassoura dela.

- Socorro! - Luiza gritou alto.

Arthur cobriu sua boca com uma mão calejada e a arrastou para trás da estante, usando um pano para a amordaçar.

Agora Luiza não conseguia falar. Ela se debatia, tentando o chutar.

Nesta pequena vila atrasada, onde a maioria dos homens era solteira e não havia muitas mulheres jovens, Arthur se interessou por ela desde o primeiro dia em que Luiza chegou. Ele a observava todos os dias quando passava pela casa de Sarah.

Ele nunca tinha visto uma mulher tão delicada e macia antes, e queria a possuir, a ter como sua esposa.

Com essa má intenção, ele observava Luiza todos os dias e, sempre que Sarah saía, corria para colocar seu plano em prática.

Ela tinha que fugir.

Depois de tanto esforço para se esconder, como poderia ser capturada por Miguel assim?

Miguel franziu a testa, parecendo não entender por que ela estava correndo. Com uma expressão séria, ele ordenou:

- Peguem ela de volta para mim.

Luiza correu desesperadamente.

Um grupo de seguranças foi atrás dela. Seu rosto ficou pálido de medo. Então, eles a pegaram, esses homens treinados eram mais do que suficientes para lidar com uma mulher fraca.

- Eu não vou voltar! - Luiza gritou, seu corpo tenso.

Mas os seguranças não prestavam atenção ao que ela dizia. Eles só obedeciam às ordens de Miguel e a jogaram de volta no carro.

Luiza recuou com medo.

- O que você vai fazer comigo?

Miguel olhou para seu rosto sujo, onde havia uma marca de mão clara.