Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 335

Miguel soube que Zeca tinha sido espancado por algumas pessoas naquela noite.

Ele pensou em como seu pai devia ter se sentido desesperado naquela hora, um homem tão excepcional que, por ter desenvolvido um chip avançado, foi brutalmente maltratado até ser jogado do alto de um prédio.

A partir daquele momento, Miguel decidiu que faria os responsáveis pagarem.

- Eu não sei. - Bryan balançou a cabeça. - Naquela noite, eu bebi demais, não consigo me lembrar de nada.

- Você chegou a agredir meu pai? - Miguel olhou para ele com um olhar claramente intimidador.

Bryan se assustou com seu olhar, seu rosto empalideceu e ele balançou a cabeça.

- Eu realmente não sei, não consigo lembrar...

Naquela noite, ele chegou mais tarde e, quando chegou, todos diziam que Zeca já tinha assinado o contrato.

Bryan, feliz na hora, aceitou a bebida que um amigo lhe ofereceu e, depois disso, ficou tonto, não lembrava se tinha cometido algum crime.

Ele disse a Miguel:

- Realmente não me lembro, você deveria investigar. Se, por acaso, naquela noite, eu tiver sido descuidado, eu... Vou me entregar...

Se a polícia descobrisse algo e o prendesse, ele não teria como contestar, mas, se não fosse ele, também não admitiria culpa alguma.

O rosto de Miguel estava completamente inexpressivo.

Ele certamente investigaria.

Se ele não tivesse agredido seu pai, apenas por querer voltar mais cedo por causa do contrato, então Miguel poderia ser mais leniente.

Mas se ele tivesse empurrado seu pai do prédio...

Miguel certamente levaria o caso até o fim.

Era a vida do seu pai.

Alguém tinha que pagar.

Ele deu um passo para sair, mas Bryan de repente o chamou, com os olhos úmidos.

- Miguel, por favor, não conte isso para a Lulu; ela não sabe de nada, é muito inocente...

Mesmo que no final fosse ele quem tivesse matado.

Mesmo que ele acabasse indo para a prisão.

Ele não queria que sua filha sofresse as consequências.

Os olhos de Luiza escureceram, e ele adicionou:

- Não se preocupe, eu estou bem.

Embora Miguel dissesse que estava bem, ao voltar para Quinta do Lago, ele se trancou no quarto e não saiu nem à noite.

Luiza estava um pouco preocupada com ele e subiu com uma bandeja de comida para bater na porta.

Mas a porta do quarto estava trancada por dentro.

- Miguel. - Chamou Luiza à porta. - É hora do jantar.

Nenhuma resposta.

Luiza mordeu o lábio, sentindo um peso no coração, e então pensou que talvez Miguel estivesse dormindo.

No quarto.

Miguel estava sentado no sofá, fumando.

Ele ouviu Luiza o chamando do lado de fora da porta, mas não respondeu, apenas deu uma tragada silenciosa no cigarro, com um tom muito sombrio em seus olhos.