Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 88

Luiza percebeu que ele permanecia imóvel por um bom tempo e, reunindo coragem, inclinou a cabeça para beijá-lo nos lábios.

Os lábios se encontraram.

Miguel estremeceu, seus olhos se aprofundaram e ele envolveu a cintura delicada dela, intensificando o beijo.

Luiza teve dificuldade para respirar.

Se sentindo um pouco temerosa, mas sem coragem para afastá-lo de imediato, colocou as mãos sobre ele, agarrando seu robe.

Ela estava nervosa.

Miguel notou seu gesto e, com uma mão firme, segurou a nuca dela, beijando ela com mais intensidade.

Luiza não conseguiu resistir.

O beijo era intenso demais, ela simplesmente não conseguia suportar, tentou afastá-lo sem sucesso.

Gradualmente, ele diminuiu a intensidade.

Luiza, sentada sobre ele, com o rosto corado, murmurou:

- Miguel, já chega...

Tudo parecia se desenrolar como deveria.

Luiza se acalmou.

Mas Miguel não a soltou, seu olhar oscilando entre a lucidez e a obscuridade, libertou suas mãos travessas e beijou seus lábios novamente, mordiscando-os avidamente.

A cabeça de Luiza girou.

Ele não tinha dito que era apenas para tentar?

Por que continuar o beijo após a tentativa?

Ela ficou ruborisada de vergonha, o empurrando com força:

- Basta!

Após ser empurrado, Miguel não insistiu mais. Ele estava machucado agora, realmente não podia fazer muito, mas tocar nos lábios dela já era suficiente para sentir algo que não conseguia deixar para trás.

Ele respirou fundo e disse:

- Quando eu me recuperar, vamos tentar novamente.

As bochechas de Luiza ardiam, ela respondeu impulsivamente:

- Impossível.

- Você tem que assumir a responsabilidade. - Ele insistiu.

Luiza, furiosa, saltou da cama e correu para fora.

Ao abrir a porta, se deparou com Helena e Clara paradas na entrada.

Elas haviam chegado juntas.

Clara, com um sorriso amistoso, disse:

E ela, uma intrusa.

Luiza desviou o olhar, se sentindo deslocada, e foi caminhar pelo térreo.

Quando estava de mau humor, gostava de caminhar. Isso lhe permitia refletir em silêncio e acalmar gradualmente seus sentimentos.

Após uma hora caminhando, parou, ficando no quintal a observar a árvore de pera.

Quando Helena e Clara terminaram de visitar Miguel e saíram pela porta da frente, viram Luiza olhando para cima, para a árvore de pera.

- É a Lulu. - Clara alertou Helena.

Helena lançou um olhar para a figura de Luiza, seu semblante escureceu.

- Clara, fique aqui esperando por mim, vou lá conversar com ela.

- Claro. - Clara assentiu obedientemente, exibindo um sorriso satisfeito ao ver Helena se aproximar.

- Lulu. - Helena chamou.

Luiza se virou, encarando a sogra, enquanto Clara estava parada atrás.

Ela disse com delicadeza:

- Sogra.

- O que você estava fazendo com o Miguel lá em cima? - Helena fixou o olhar nela. - Miguel está machucado, e você ainda o seduz?