Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 914

Miguel hesitou por alguns segundos e, em seguida, correu para a abraçar. Ela estava com o corpo fervente e já um pouco delirante devido à febre.

— Luiza. — Miguel chamou seu nome com urgência.

A cabeça de Luiza pendia sem forças em seu abraço, e ela estava meio confusa, sem responder.

Miguel sentiu um peso no coração e deu instruções ao Eduardo para encontrar um médico.

— Eduardo, chame um médico para cá.

A médica chegou rapidamente, examinou Luiza e disse que a febre era causada pelo excesso da indulgência anterior, que havia causado uma lesão e, por isso, ela estava com febre.

A médica prescreveu alguns medicamentos e recomendou que Miguel não fosse tão agressivo.

O rosto de Miguel escureceu um pouco ao ouvir isso. Ele pegou os medicamentos e voltou para o quarto. Luiza ainda estava deitada ali, tremendo de frio e se abraçando.

— Miguel… — Ela murmurou seu nome, com os lábios trêmulos.

Miguel ficou surpreso por um momento, então se aproximou e a envolveu cuidadosamente em seus braços, tentando a aquecer com seu calor.

Ele a abraçou por várias horas, tentando esquentar seu corpo frio com o calor de seu próprio corpo.

Na verdade, ele não queria que ela morresse.

Ao ver ela doente, ele sentiu dor no coração e percebeu que ainda a amava profundamente.

No entanto, em seu sono, Luiza murmurava, o xingando:

— Miguel, você é um idiota…

Após tomar a medicação, a febre de Luiza foi diminuindo lentamente.

À noite, ela acordou, mas parecia desalentada, olhando para o teto, sem se mover.

Ela não comeu o jantar.

Miguel franziu a testa, com um tom irritado na voz:

— Por que está chorando?

Luiza soluçou algumas vezes, sua voz cheia de um forte tom nasal:

— Estou pensando na minha vida miserável. Há quatro anos, eu só queria terminar com você, mas você não aceitou. Depois, o Theo soube do meu desejo e disse que iria me ajudar, dizendo que seria apenas um pequeno problema para você. Para poder ir embora, eu concordei. Eu admito, na época eu não suspeitei que ele estava me enganando, mas e você? Por que não podia aceitar o fim do relacionamento? Por que não podia deixar eu ir, se eu não queria estar com você? Você foi tão autoritário, me mantendo trancada em casa, sem me deixar ir. No final, fui enganada e manipulada, e você coloca toda a culpa em mim. Desde que cheguei à América, só ouço que estou te provocando. Por que eu te provocaria naquela noite? Eu pedi para você me matar, e você ainda quis saber qual era meu último desejo. Por que você me perguntou naquela noite? Era melhor você ter me matado de uma vez. Ao invés de me torturar agora, com febre alta e inflamações, e ainda ficar bravo comigo, me questionando. Você acha que é tão grandioso? Se você não está disposto a ser um pouco mais gentil comigo, então por que eu deveria estar com você? É melhor assim! Não quero mais falar com você. Não precisa mais mandar comida para mim, nem insistir para eu comer. Que eu morra de febre ou de fome, é exatamente o que você quer!

Miguel fechou os olhos, parecendo um pouco incomodado pelas palavras dela. Raramente explicava algo, mas fez uma exceção:

— Eu estou irritado porque você não está comendo.

— Se eu não como, qual é o problema para você? Afinal, você quer que eu morra, então é melhor que eu morra de fome ou de febre, assim você realiza seu desejo!

O rosto dela estava pálido como papel, e seus lábios quase sem cor. Ela o acusava com uma expressão de extrema fragilidade, o que realmente o fez sentir um pouco de dor.