Senhora Rebelde e Senhor Submisso romance Capítulo 917

Felipinho ficou em silêncio por um momento e disse:

— Mamãe, estou com saudades de você.

Luiza sentiu um aperto no coração e mudou de assunto:

— Eu também estou com saudades de você, Felipinho. Como está sendo em Colmar?

— Está sendo divertido, mas sem a mamãe aqui, não parece tão divertido.

— Eu estou ocupada e, além disso, a vovó fez uma cirurgia, então eu preciso ficar de olho nela. Você também tem que se cuidar bem aí em Colmar, comer suas refeições direitinho, ok?

— Eu sei, mamãe. Não sou mais uma criança, vou cuidar bem de mim. E a arte aqui é realmente muito desenvolvida. Eu e a tia Diana fomos a alguns museus de arte, e todos são muito bonitos.

Felipinho já demonstrava um gosto por arte, apesar de ser tão pequeno.

Luiza pensou que, de fato, o gene de Miguel era muito forte. Ela conversou um pouco mais com Felipinho e terminou a ligação.

Ela não queria conversar por muito tempo, com medo de que alguém pudesse aparecer a qualquer momento.

Luiza fez uma segunda ligação para a governanta, para informar que estava tudo bem, e depois discou o número de Francisco.

— Ouvi dizer que você foi capturada pelo Miguel. Está tudo bem? — Francisco perguntou.

— Está tudo bem. — Luiza respondeu suavemente.

Francisco pareceu surpreso.

— Sério? E como você conseguiu que ele te soltasse?

Luiza revirou os olhos. Era apenas uma questão de ter transado algumas vezes, mas ela, obviamente, não diria isso a Francisco. Ela perguntou:

— Você me ligou antes por algum motivo?

— Não, só para confirmar se você estava viva ou não.

Luiza ficou sem palavras. Que homem astuto.

Após encerrar a ligação, ela decidiu não ligar para Theo. Ela não sabia o que dizer a ele. Atualmente, ela já não tinha mais respeito por ele.

À noite.

Miguel voltou para casa.

Os dois estavam se comportando de forma pacífica, mas havia uma estranha sensação de estranhamento.

Depois de comer, ela se acomodou ao lado dele com uma xícara de café.

Miguel estava revisando documentos, e ela o acompanhava, às vezes encostando a cabeça em seu ombro e sorrindo.

— O que você está lendo?

Sobre os documentos, Miguel a olhou de lado e perguntou, sem pressa:

— Quer saber?

A pergunta parecia carregar uma certa desconfiança.

Luiza imediatamente se lembrou dos desentendimentos de quatro anos atrás. Por causa de ter roubado documentos confidenciais dele, Miguel ainda parecia incomodado com o assunto.

Ela apenas abaixou a cabeça, puxou a manga dele e, com um tom de arrependimento, disse:

— Sinto muito pelo que aconteceu há quatro anos…

Miguel realmente estava curioso sobre como ela havia conseguido acessar seus documentos naquela época. Levantando o queixo dela, perguntou:

— Como você conseguiu pegar meus documentos naquela vez?