Sepultando Nosso Amor com Minha Morte romance Capítulo 316

As duas casas de Dora... não foram compradas por Anderson.

Quando as duas casas foram colocadas à venda, Anderson soube imediatamente, mas não foi ele mesmo que as comprou. Em vez disso, pediu a um amigo de Célio para fazer o contato.

Dessa forma, não seria possível rastrear a compra até ele.

Anderson e Célio originalmente pensaram que Dora estava vendendo as casas porque planejava deixar Porto Luzia para se desenvolver em outro lugar, conforme o corretor havia dito.

"..." Anderson permaneceu em silêncio por um longo tempo antes de dizer: "Vamos dar uma olhada."

No caminho, foi Célio quem dirigiu. Era a primeira vez que ele visitava a casa onde Anderson e Dora haviam vivido juntos.

A porta da frente tinha uma fechadura eletrônica, cujo código foi digitado por Anderson para abrir.

O interior da casa ainda estava como Dora havia deixado ao partir.

Anderson caminhou em direção à sala de estar, observando o sofá onde ele e Dora haviam se sentado por muitos anos.

Ele não se sentou, mas levantou as almofadas e retirou algo de baixo delas.

Era uma foto, de Mirela e Dora na formatura do ensino médio.

Dora sempre pensou que havia escondido bem, mas Anderson sabia. Ele sabia de tudo.

Segurando aquela fotografia, Anderson não disse nada, apenas virou-se em direção ao armário da TV, olhando para a "Mirela" colocada sobre ele.

Retirou a "Dora" e a colocou ao lado da "Mirela".

Ele se agachou lá, observando em silêncio.

Célio estava extremamente inquieto. Desde que soubera da morte de Dora, ele não havia desmoronado, nem chorado, mantendo uma calma exagerada.

Não se sabe quanto tempo passou, mas Anderson finalmente se levantou, apoiando-se nas pernas que já estavam dormentes, e entrou no quarto.

Célio seguiu imediatamente.

No chão do quarto, havia uma dispersão de cartelas de alumínio e frascos de remédio, com comprimidos e cápsulas espalhados por todo lado, além de vômito que Dora havia expelido inconscientemente no momento do incidente.

Célio pegou uma cartela, cujas cápsulas já haviam sido todas consumidas, e conseguiu decifrar o nome do medicamento apoiando-se nas letras restantes, depois buscou em seu celular.

Era um medicamento para depressão.

Ele ficou surpreso e pegou outro frasco para verificar.

Era outro medicamento para tratar depressão.

Célio ficou pasmo, olhando para as cartelas e frascos espalhados pelo chão, com muitos mais ainda nas gavetas.

Seu irmão havia dito que Dora estava escondendo algo dele, mas ele nunca conseguiu descobrir o quê.

Então... era isso que Dora estava escondendo, não era?

De repente, ele se lembrou do que Dora havia dito a ele uma vez.

【Célio.】

【Eu... talvez não consiga aguentar.】