Seu Amor Verdadeiro romance Capítulo 187

POV da Bella:

Eu não conseguia recuperar o fôlego depois de ter sido agarrada pelo pescoço.

No fim, desisti de lutar.

Eu sabia que todos os meus esforços para impedi-lo eram inúteis.

O carro estava em movimento e a respiração do homem era a única coisa ouvida no banco traseiro mal iluminado.

Mordi o lábio e me recusei a gemer. Então, ele atingiu meu corpo com mais força, como se estivesse me forçando a me render.

Eu odiava Herbert ainda mais e não queria ceder à ele.

Mais de uma hora depois, ele finalmente acabou.

O carro preto parou no acostamento e ele desceu.

Minhas roupas estavam rasgadas, então tive que usar a roupa que comprei para o Klein.

Depois de me vestir, corri para fora do carro. Olhei para o Herbert, que estava parado não muito longe, mas não fiz nada além de fugir.

Eu estava desesperada. O Herbert tinha me machucado novamente.

O que exatamente tinha acontecido?

O que transformou o Herbert em um demônio?

POV do Herbert:

No momento, eu estava muito aborrecido, arrependido e com raiva de mim mesmo.

A bituca do cigarro queimou os meus dedos. Senti dor, mas não a soltei.

Olhei na direção em que a Bella foi. Minha alma parecia ter ido embora com ela.

Só então Connor apareceu atrás de mim.

"Sr. Wharton, isso está certo? Por que não contou a verdade à Srta. Stepanek? Você está sofrendo e ela também." Connor aconselhou.

Continuei olhando na direção em que Bella foi e disse: "Esqueça. Eu posso suportar esse desespero sozinho, não quero que ela sofra ainda mais."

"Mas..." Connor queria tentar me persuadir, mas eu o interrompi: "Chega. Já me decidi. Vamos embora!"

Me virei, abri a porta do carro e entrei.

POV da Bella:

Me sentei em um banco na rua onde as pessoas descansavam e olhei para o longe sem expressão.

Eu estava bem perto do dormitório dos funcionários, mas não ousei subir.

Meu cabelo estava bagunçado, meu pescoço machucado e minha maquiagem arruinada. Não queria que os meus colegas soubessem o que aconteceu comigo.

Embora fosse um dia quente de verão, senti muito frio.

Abracei-me e olhei em volta me sentindo impotente e extremamente triste.

De repente, uma pergunta veio na minha mente.

Connor tinha estacionado o carro a menos de cem metros do dormitório dos funcionários. Será que ele sabia que eu morava ali?

Não podia ser uma coincidência.

Parecia que o Herbert tinha descoberto tudo sobre a minha vida, então eu não podia mais ficar nessa cidade.

Ele não me deixaria em paz. Eu tinha que ir embora.

Tinha que largar meu emprego e arrumar minhas coisas para sair da cidade imediatamente. Eu não podia permitir que o Herbert continuasse a me machucar.

Fiquei sentada até às dez horas e depois voltei para o dormitório.

Felizmente, todos já tinham tomado banho e estavam deitados nas suas camas fazendo suas coisas.

Quando não tinha ninguém prestando atenção, fui ao banheiro tomar um banho, coloquei meu pijama e me deitei.

Naquela noite, não consegui dormir.

Quando finalmente adormeci, tive pesadelos.

"Bella, Bella." Senti alguém agarrar o meu braço. Eu imediatamente me sentei na cama e arregalei os olhos.

"Você teve um pesadelo?" Lily perguntou.

Toquei minha testa, que estava molhada com o suor frio, e disse: "Acabei de ter um pesadelo sim."

"Vou pegar um copo d'água para você." Ofereceu Lily.

Tomei um gole de água e disse: "Obrigada."

Ela pegou o copo de volta e eu olhei para ela: "Lily, não estou me sentindo bem. Acho que vou ao médico amanhã. Você avisa no escritório por favor?"

"Claro, não se preocupe." Lily assentiu.

Eu sabia que, se fosse pedir as contas, teria que ficar mais alguns dias na cidade, o que daria ao Herbert a chance de me machucar novamente, então tinha que resolver tudo o mais rápido possível.

Na manhã seguinte, depois que todos foram trabalhar, comecei a arrumar as minhas coisas.

Ao deixar o dormitório dos funcionários com a mala, peguei um ônibus e depois chamei um táxi. Depois, carreguei a mala pelo shopping. Caminhei bastante até chegar à estação de trem.

Fiz isso pois estava com medo de que alguém estivesse me seguindo, afinal, o Herbert sempre conseguia me encontrar, então deve ter deixado alguém me vigiando.

Olhei para o trem enorme e senti que não tinha para onde ir.

Para onde eu poderia ir? Voltar para a cidade de onde vim? Não, aquele era o território do Herbert.

Depois de pensar um pouco, finalmente decidi comprar uma passagem e deixar que o trem me levasse para algum lugar.

Eu era uma mulher adulta e saudável. Mesmo que fosse para um lugar desconhecido, conseguiria sobreviver.

Muitas pessoas faziam fila para comprar as passagens e estava chegando a minha vez quando meu celular tocou.

Embora a tela do aparelho estivesse quebrada, ainda dava para atender às ligações.

"Mãe!" Chamei assim que atendi.

"Venha depressa. Sua irmã vai dar à luz!" Minha mãe disse ansiosamente.

Hesitei e perguntei: "Mãe, não faltam duas semanas para a data prevista para o parto?"

Minha mãe estava muito nervosa: "Sua irmã sofreu um acidente. O médico disse que vai fazer uma cesariana. Vem logo!"

Eu tentei acalmá-la: "Mãe, estou indo. Você e o Hank precisam cuidar da Betty agora!"

"Está bem, vou te esperar." Concluiu ela, desligando o telefone.

Após a ligação, joguei fora todo o meu sofrimento. Comprei uma passagem e fui imediatamente para casa.

Betty era jovem e minha mãe sempre foi fraca. Embora Hank fosse confiável, ele e Betty não estavam juntos há muito tempo, portanto eu ainda tinha que cuidar da minha família.

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