Seu Amor Verdadeiro romance Capítulo 188

POV do Herbert:

Eu estava em frente à uma ala restrita do hospital.

Através do vidro, pude ver um pequeno corpo deitado na cama branca. Ele tinha um cabelo lindo.

A mãozinha gorducha tinha sido colocada ao lado do travesseiro. A posição em que ele estava dormindo era muito fofa, mas seu rosto estava extremamente pálido.

Meu Lucas estava doente.

Eu me senti péssimo. Se pudesse, suportaria todo o sofrimento no lugar dele.

"Sr. Wharton, o senhor está parado aqui há duas horas. Pode ir descansar." Connor tentou me persuadir.

Continuei a olhar para o bebê e disse: "Não consigo dormir. Quero ficar aqui com o Lucas."

Connor insistiu: "O médico disse que a condição do Lucas é estável. Não se preocupe."

Eu respondi: "Falei com o melhor especialista em leucemia da América. A doença até pode ser controlada por um tempo limitado, mas depois pode piorar. Se não conseguirmos encontrar um doador de medula compatível com o Lucas a tempo, ele..."

Eu não consegui continuar. Meus olhos já estavam molhados.

"Já estamos procurando um doador no país todo. Mesmo sendo extremamente difícil encontrar alguém compatível, não vamos desistir. Continuaremos a busca." O tom de Connor era resoluto.

Eu continuei: "O médico disse que as chances de encontrar um doador compatível são muito pequenas."

"O médico também disse que, se o Lucas tiver irmãos, a taxa de compatibilidade é de até cinquenta por cento."

"Foi por isso que eu fiz o que fiz com a Bella, na esperança de que ela engravidasse. Essa é a minha maior esperança." Expliquei.

Eu sabia que era algo muito errado de se fazer mas, pelo bem do Lucas, não tive escolha.

Connor hesitou por um momento. "Mas a Srta. Stepanek vai ficar extremamente magoada com isso. O senhor não vai mesmo contar à ela? Se contar, tenho certeza que ela vai aceitar ter outro filho com o senhor para salvar o Lucas."

Eu balancei a cabeça lentamente: "É minha culpa."

"Eu pensei que ela tinha me traído e queria se divorciar de mim. Fui egoísta ao esconder a criança. Agora, ela finalmente aceitou o fato de que o bebê partiu."

"A probabilidade de compatibilidade é de apenas cinquenta por cento, não cem por cento. Se a Bella souber que o Lucas é filho dela e se a compatibilidade falhar, ela vai ter que suportar a dor de perder o filho mais uma vez? É sentimento insuportável demais. Desta vez, vou aguentar sozinho."

"Prefiro que ela me odeie."

Minha mão estava no vidro e meu coração doía como se duas mãos o estivessem rasgando violentamente.

Connor ficou em silêncio por um momento e então disse: "A dor de perder um filho é como sentir alguém perfurando o seu coração com uma furadeira elétrica. É o suficiente para enlouquecer qualquer um."

Me lembrei de uma coisa e então perguntei: "Connor, você acha que fiz algo de errado naquela época?"

"O quê?" Connor perguntou.

"Eu menti para a Bella que o bebê tinha morrido." Eu disse.

Se Bella soubesse que a criança ainda estava viva, talvez nossa história não teria acabado daquele jeito.

Connor respondeu: "Naquela época, a Srta. Stepanek entendeu mal a situação e insistiu no divórcio. O senhor só não queria competir com ela pelo direito de criar o Lucas. Além disso, o senhor era impulsivo e, por causa do Hank, ficou cego de ciúmes."

"Mas, na verdade, a Srta. Stepanek não estava apaixonada pelo Hank. Ouvi dizer que a irmã mais nova dela, Betty, se casou. Dizem que ela está prestes a dar à luz. Pensando racionalmente, não foi certo mentir para a Srta. Stepanek. No entanto, não há como mudar o que aconteceu no passado."

"Então, é minha culpa. Eu não deveria ter mentido. Tive que encobrir essa mentira inúmeras vezes desde então." Eu disse, impotente.

"Tenho certeza que o Lucas vai se recuperar. Não se preocupe." disse Connor.

Eu balancei a cabeça com firmeza.

"No entanto, o senhor precisa cuidar da própria saúde. O Lucas precisa do senhor." disse Connor.

"Eu sei." Assenti.

"Bom, a Caroline... quer ver o senhor." disse Connor.

Quando ouvi o nome daquela mulher, meu coração queimou de raiva: "Diga a ela que eu não quero vê-la nunca mais."

Connor falou: "Ela ... está doente e desta vez é bem grave. O médico disse que ela pode morrer."

Fiquei atordoado por um momento, mas disse: "Além de não poder salvá-la, também não vou ter pena dela. Se ela já não estivesse prestes a morrer, eu ia querer matá-la."

Connor concordou: "Não é para menos. Ela sequestrou Lucas e o colocou em um quarto recém-reformado, o que o fez ter pneumonia e, posteriormente, agravou a leucemia."

Pensei por um momento e disse: "É uma louca. Não se preocupe com ela. Só quero que o meu filho melhore o mais rápido possível."

"Está bem." Connor assentiu.

Depois de ficar ali por mais uma hora, saí do hospital.

Sentei-me no banco de trás enquanto Connor se concentrava em dirigir.

O que aconteceu naquela época se repetiu novamente em minha mente. Fui obrigado a largar a Bella porque estava sendo chantageado pela Caroline.

Eu queria encontrar o Lucas e depois cortar todos os laços com a Caroline. Então, eu levaria o menino até a Bella e contaria toda a verdade. Mas as coisas não correram como eu esperava.

Tudo saiu do controle!

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