Seu Amor Verdadeiro romance Capítulo 195

POV da Bella:

Falei aquilo justamente para irritar o Herbert.

Eu não queria que ele me controlasse. Já que não tinha como resistir, só pude usar as palavras para revidar.

Era a minha última cartada.

Herbert enfiou a mão no bolso, olhou para mim e disse: "Mesmo que todos eles te amem, e daí? Você nunca se apaixonaria por eles porque nunca vai ser capaz de me esquecer."

Embora as palavras de Herbert estivessem cheias de arrogância, elas me atingiram profundamente.

Eu não queria mais discutir com ele, só queria ir embora.

Então, ele estendeu a mão e agarrou o meu braço, mas não apertou.

Fiz uma careta e senti que ele estava muito diferente. Embora ainda fosse um homem autoritário, ele estava muito melhor do que antes.

Havia um traço de melancolia em seus olhos e sua voz tornou-se suave. Ele implorou: "Bella, Deus nos deu esta criança. Por favor, dê à luz ao nosso filho!"

Olhei para o Herbert e lembrei de tudo o que ele tinha feito comigo. Então, afastei a mão dele e disse com firmeza: "Herbert, esta criança me foi dada por Deus. Não tem nada a ver com você."

Após um momento de silêncio, ele disse: "Não importa o que você diga, eu sou o pai de seu filho. Você nunca poderá mudar esse fato."

Bufei: "Meu pai biológico nunca fez parte da minha vida."

Herbert disse calmamente: "Bella, tenha essa criança! Veja isso como uma compensação pelo passado."

Pelo passado?

O filho que perdemos?

Minhas lágrimas saíram do controle novamente.

A criança que perdi era o meu ponto fraco. Se ele ainda estivesse vivo, estaria me chamando de "mamãe" agora e seria extremamente fofo.

Admiti que o que o Herbert tinha dito surtiu efeito. Pensando na criança que perdi, meu amor materno começou a transbordar, abafando todas as minhas preocupações e linhas de defesa.

Eu não suportaria perder essa criança. Não importava o que aconteceria no futuro, eu daria à luz ao bebê.

Herbert continuou: "Se você quiser continuar com essa gestação, vou te dar tudo o que você precisar!"

Ouvindo isso, eu zombei e disse: "O que você vai fazer? Vai me dar dinheiro? Ou uma casa? Herbert, não seja hipócrita. Eu posso cuidar dessa criança sozinha!"

Herbert não discutiu comigo, mas disse em voz baixa: "Você ainda está um pouco surpresa. Vá para casa e se acalme. Nos falamos daqui dois dias!"

Depois de dizer isso, ele se virou e foi embora.

Olhei para a figura desaparecendo na rua e meu coração doeu tanto que não consegui respirar.

Caminhei até um banco e me sentei.

Estendi a mão e acariciei minha barriga. Era difícil imaginar que havia uma pequena vida ali.

Era como se eu pudesse sentir sua existência. Naquele momento, eu estava ainda mais determinada a ter esta criança.

De repente, senti que a pressão sob mim era grande demais e eu precisava largar os fardos que carregava.

Eu não queria pensar em mais nada. Contanto que meu filho nascesse com saúde, eu ficaria feliz.

Também não me importava com o que os outros pensariam. Eu não me importava com mais nada. E daí se eu fosse mãe solteira? Eu tinha a capacidade de criar um filho e estava confiante de que seria boa mãe.

Depois de pensar mais um pouco, levantei-me novamente e fui embora com minha bolsa nas costas.

Assim que entrei em casa, minha mãe começou a me repreender: "Bella, onde você estava? Por que você deixou a torneira aberta? Você sabia que o banheiro e a sala de estar estavam todos cheios de água quando voltei do mercado?"

A sala já estava limpa, mas ainda havia muita água no banheiro.

Dei um tapa na minha própria testa. Esqueci de fechar a torneira quando saí.

Era culpa minha. Eu tinha desperdiçado água.

Peguei o esfregão da mão da minha mãe e disse, sorrindo: "Mãe, acho que eu devia ter comprado uns peixes para colocar aqui em casa."

Minha mãe, que até então estava com uma expressão séria, riu comigo.

No entanto, depois de um tempo, ela ficou com uma expressão triste e disse: "Tome mais cuidado no futuro!"

"Claro, pode deixar." Respondi com um sorriso.

Sequei toda a água com muita dificuldade. De repente, senti um pouco de enjôo, então fechei rapidamente a porta do banheiro e vomitei com a cabeça apoiada na lateral do vaso sanitário.

Depois, parei na frente da pia, me lavei e olhei no espelho.

Os sintomas da gravidez estavam ficando cada vez mais óbvios. Pelo jeito, eu tinha que sair de casa o mais rápido possível.

Minha mãe era conservadora. A gravidez da Betty já a deixou furiosa. Felizmente, a Betty e o Hank se casaram e tudo ficou bem.

Se ela soubesse que eu estava grávida antes de me casar, ficaria muito brava. Além disso, eu não poderia dizer a ela quem era o pai.

O Herbert e eu jamais ficaríamos juntos.

Se minha mãe descobrisse, com certeza me obrigaria a fazer um aborto.

Não, eu tinha que encontrar uma maneira de sair da casa dela o mais rápido possível. Eu não podia contar tudo para a minha mãe.

Prometi à ela que passaria mais tempo com ela, mas pelo jeito eu ia quebrar a minha promessa novamente, o que fez eu me sentir muito culpada.

Então, abri a porta do banheiro e fui para a cozinha preparar o almoço com a minha mãe.

"Mãe, vou te levar ao shopping para comprar umas roupas hoje à tarde." Eu disse em um tom lisonjeiro.

"Eu tenho roupas, não precisa gastar dinheiro." Embora minha mãe dissesse que não queria, havia um sorriso em seu rosto.

"É um presente! Aliás, ouvi falar de vários pontos turísticos perto daqui. Vamos fazer um passeio amanhã", eu disse, sorrindo.

Minha mãe continuou recusando: "Estou muito feliz que você vai me fazer companhia por alguns dias, mas não precisamos sair e gastar dinheiro."

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