Seu Amor Verdadeiro romance Capítulo 213

POV da Bella:

"Senhorita Stepanek, seu filho tem que nascer hoje!"

Ao ouvir isso, fiquei chocada e com raiva.

Então, gritei com o Connor: "O que você disse? Você quer que eu dê à luz agora? Como isso é possível? Eu estou de apenas oito meses e uma semana. O bebê nasceria prematuro!"

Connor virou o rosto, olhando para o hospital à sua frente, e disse: "Peço desculpas, mas não tenho escolha a não ser fazer isso. Não se preocupe, chamamos os melhores médicos. Você e o seu filho estarão seguros!"

Naquele momento, eu perdi a minha racionalidade. Não dava para acreditar na garantia do Connor.

"Quero ver o Herbert. Quero que ele me explique tudo pessoalmente!" Eu gritei.

"Não foi o senhor Wharton quem deu a ordem, mas mesmo assim devo obedecer." disse Connor.

"Eu não acredito! Você não tem nenhum motivo para fazer isso. Eu quero ver o Herbert!"

"Senhorita Stepanek, eu já disse que o seu filho tem que nascer hoje. Sei que não é o ideal, mas sinto muito, não tenho escolha." O tom de Connor era resoluto.

Eu sabia que ele não estava brincando e que a minha resistência era inútil.

Toquei na minha barriga e meu coração bateu acelerado.

Não! Não! Eu não poderia dar à luz agora. Lembrei-me do meu primeiro filho. Eu não podia deixar que aquela tragédia acontecesse novamente.

Então, me ajoelhei.

"O que você está fazendo?" Connor perguntou.

Estendi a mão, agarrei a manga dele e supliquei: "Connor, eu te imploro, fala para o Herbert não me obrigar a dar à luz agora. Perdemos um filho, mas foi um acidente. Não tivemos escolha."

"Não podemos perder este bebê também. É o filho do Herbert. Peça à ele para não ser tão cruel, por favor."

Lágrimas escorriam pelo meu rosto e todo o meu corpo estava tremendo. Eu nunca tinha sentido tanto medo. O bebê também estava se mexendo, talvez porque estivesse sentindo que viria ao mundo, apesar de não ser a data prevista para o parto ainda. Existia a possibilidade de ele não sobreviver.

Connor permaneceu em silêncio. Olhei para o rosto dele e vi que ele estava hesitando.

Era a minha chance!

Continuei: "Nem mesmo os animais selvagens machucam os seus filhos. Esse bebê na minha barriga é filho do Herbert. Tenho certeza que ele não quer que nada de ruim aconteça! Por favor, ajude-me falar com ele para que o nosso filho nasça naturalmente."

Eu não sabia o que havia dito de errado, mas a expressão de Connor se tornou extremamente fria e ele disse: "Sinto muito, não posso. Espero que a senhorita coopere."

Depois de ouvir isso, desabei: "Você é desumano. É um demônio!"

Connor abriu a porta e saiu do carro. Depois que saí também, me virei e quis correr. Eu não podia deixar que eles me machucassem e que me forçassem a dar à luz.

No entanto, os homens do Herbert me alcançaram.

Recuei passo a passo. Eu não podia acreditar que existisse um pai assim no mundo. Minha vontade naquele momento era enfiar uma faca no peito dele para ver se o coração era de aço.

Connor foi até nós e cobriu minha boca com uma toalha.

Imediatamente senti tontura e fechei os olhos...

POV do Connor:

A Senhorita Stepanek tinha desmaiado e eu ordenei aos outros: "Vão chamar o médico. A mulher está aqui!"

"Sim."

Então, meu subordinado se aproximou de mim: "O Senhor Wharton está te procurando e parece muito zangado. Ele quer que você pare tudo e vá falar com ele."

"Vou assumir a minha culpa, mas a operação já começou e não podemos parar!"

...

"Quem permitiu que você fizesse isso?!" Wharton rugiu com raiva para mim.

Permaneci em silêncio.

Pow!

Herbert deu um soco no meu rosto e o impacto me fez cair, com o cheiro de sangue se espalhando pelo meu rosto.

"Connor, você foi muito atrevido!"

"Eu avisei para não machucar Bella! E você ousou desobedecer as minhas ordens!" Os olhos do senhor Wharton estavam cheios de ódio e a expressão facial dele era de dor.

Não me defendi e deixei que ele me batesse.

Alguns minutos depois, eu disse: "A operação começou. O bebê vai nascer daqui algumas horas. O médico vai colher o material para o transplante e o Lucas vai sobreviver! A senhorita Stepanek e o bebê serão tratados pelo melhor médico na cidade e não vão correr perigo."

"Chega! Não foi por isso que você fez mal à Bella!" O Senhor Wharton continuava muito zangado.

Eu disse: "Senhor Wharton, não estou me defendendo. Eu a sequestrei para ela dar à luz antes da hora. Não importa o quanto queira me punir, eu aceitarei."

Continuei: "Não me arrependo do que fiz. Se pudesse voltar atrás, faria a mesma escolha. Sei que o senhor é uma pessoa gentil, e que não seria capaz de machucar a senhorita Stepanek, mas o quadro do Lucas está piorando. Se não agirmos agora, ele não vai resistir."

"O senhor ama o Lucas e sei que vai sofrer imensamente se o pior acontecer com ele. Eu não quero ver o senhor sofrer, então deixe-me carregar a culpa!"

Herbert olhou para mim com o rosto abatido e cheio de choque.

"Senhor Wharton, não importa o quanto me castigue, eu aguento. Quando o senhor me trouxe do campo de batalha, fiz um juramento à Deus que seria leal ao senhor."

Aquelas foram as palavras mais sinceras que eu podia dizer.

Na Síria, eu era um homem comum. A guerra destruiu a minha terra natal e eu perdi tudo.

Foi o senhor Wharton quem me salvou, me ensinou muitas habilidades e confiou em mim.

Se não fosse por ele, eu já teria morrido há muito tempo.

Portanto, estava disposto a agradecê-lo com tudo o que tinha, inclusive minha honra e minha vida.

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