Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 105

Antes que o Lucas dissesse qualquer coisa, a Luana já tinha se afastado.

Ela nem pensou em parar.

Bianca comentou:

— A Luana ainda te obedece direitinho.

Henrique apenas assentiu, totalmente indiferente.

Sempre foi assim com a Luana. Por isso, ele nunca duvidava, não importava o quanto ela mudasse ou se rebelasse, no fim, o resultado era o mesmo, ela sempre voltava atrás.

O Lucas, por outro lado, não sabia dizer se já tinha entendido o que se passava de verdade com a Luana, ou se já estava se preparando mentalmente para cortar relações com o Henrique. De qualquer jeito, ouvir aquela conversa fez ele se sentir desconfortável.

Engoliu o incômodo e ligou para o Vítor:

— Anda logo e vem pra cá, senão vou acabar me entupindo de casalzinho feliz!

A Bianca adorou ouvir isso, voltou a ficar de bom humor.

O Lucas só deu um sorriso, mas não falou nada.

Ele sempre teve o dom de dizer o que os outros gostam de ouvir. Sabia falar bonito, mas isso nunca significou que estivesse envolvido de verdade.

Era do tipo que dificilmente dizia não, sempre se preocupando em não magoar ninguém. Muita gente chamava ele de mestre da conquista, mulherengo, até de canalha.

Mas quem realmente convivia com ele, acabava percebendo que, por dentro, era frio, distante. Por mais que parecesse dar atenção pra todo mundo, no fundo, não ligava muito pra ninguém.

Falavam de tudo sobre ele.

O Lucas nunca se explicou. Ele até gostava de várias pessoas, sim, mas não era qualquer um que ganhava espaço de verdade, tudo dependia do humor dele, do momento, pura conveniência.

Bianca, do lado, estranhou.

Não era o Lucas que tinha marcado o tênis com o Leandro? Por que estava só chamando o Vítor?

Ficou com vontade de perguntar, mas sabia que, se insistisse, o Lucas provavelmente perceberia o que ela estava pensando.

Ele era esperto demais pra não notar.

...

O clube de tênis tinha duas entradas, uma a leste e outra a oeste.

A Luana recebeu uma mensagem do Leandro e, aproveitando o caminho, entrou pelo lado oeste, acabou dando de cara com o Henrique, sem querer.

Já o Leandro e os outros vieram pelo lado leste, então não se encontraram.

Havia várias quadras de tênis, duas delas conectadas uma à outra.

A Luana entrou na quadra cercada de alambrado e, além de ver o Dante e o Leandro pegando as raquetes nas mochilas, ainda se surpreendeu ao encontrar sua chefe, Monica.

Ela foi até Monica, sorrindo:

— Chefe, você também veio?

Provavelmente, foi porque a Luana se saiu bem no trabalho da noite do evento beneficente.

Monica ficava cada vez mais satisfeita com a Luana, mas, como era do tipo fria, não deixava transparecer nada no rosto:

— Se não sabe jogar, eu não consigo jogar junto. O Dante gosta muito de tênis. Você vai ter que aprender, assim depois pode sair pra jogar e se exercitar de vez em quando.

Luana ficou sem reação.

A fala da Monica soou como se jogar tênis com o Dante já fizesse parte das funções de secretária da Luana, e, pior, como se fosse uma das mais importantes.

Mas, pensando bem, é assim mesmo, muitos chefes, quando vão se divertir, sempre levam os assistentes junto.

Se não souber fazer nada, na próxima nem é chamada pra sair.

Afinal, acompanhar o interesse do chefe é quase uma matéria obrigatória de quem trabalha.

De repente, a Luana entendeu a lógica por trás das tarefas que a Monica vinha passando, ela estava mesmo investindo nela.

O Leandro queria dizer alguma coisa, mas o Dante lançou um olhar gelado:

— Você, joga comigo.

— Eu não. A Luana não sabe jogar, quero ensinar ela. Além do mais, o Igor e o André já estão vindo pra cá. Liga pra eles pra ver se chegam logo.

Dante ficou em silêncio.