Henrique continuava sem demonstrar raiva.
— Esse seu jeito cheio de atitude, nunca tinha visto. Aprendeu com quem? Até que ficou convincente. — Falou isso como se elogiasse, mas o tom era puro desprezo.
Luana ficou em silêncio.
Sobre o divórcio, ela já tinha comentado com Luís e com a Júlia.
Mas ninguém nunca levou a sério.
Naquele grupo, só o Lucas realmente ouvia o que ela dizia e tratava as palavras dela com respeito.
Quando existe respeito, há diálogo.
Com alguém tão cheio de preconceito quanto o Henrique, não havia como conversar.
Ele era tão arrogante e egocêntrico que sequer escutava o que ela falava.
Se nem as palavras dela tinham valor para ele, não havia sentido em perder mais tempo ali.
Na verdade, nem cinco minutos devia ter dado pra ele.
— Acredite você ou não, eu não vou pedir demissão!
Luana empurrou ele e virou-se para sair.
Henrique estendeu o braço, bloqueando a passagem, encostando a mão na parede.
Ela o encarou, fria.
Henrique disse:
— Na verdade, até entendo sua escolha.
Luana ficou surpresa.
Ele, entendendo e respeitando a vontade dela?
Em seguida, Henrique soltou uma risada amarga:
— Deve ser difícil abrir mão do Dante como proteção, né? Você adora me ver irritado, então claro que não vai jogar essa chance fora.
Luana nem soube como reagir.
— Mas, Luana, você não devia brincar assim. O Dante não é um homem que você consiga controlar. Se for por esse caminho, vai acabar se queimando.
No segundo seguinte, o rosto do Henrique se aproximou de repente.
Sem aviso nenhum.
As pupilas da Luana se contraíram.
Ele segurou o rosto dela com uma mão e o ombro com a outra, os dedos apertando forte, não deixando espaço para qualquer reação.
O corpo da Luana começou a tremer.
O Henrique nunca tinha feito isso com ela.
O que ele pretendia fazer?
Com o coração acelerado de medo, ela sentiu, de repente, um beijo forte na parte fina do pescoço, logo abaixo do maxilar, seguido de uma sugada violenta.
A dor foi aguda, fez o corpo dela se arrepiar inteiro.
Antes que conseguisse sequer pedir socorro, Henrique já a tinha soltado.
Ele a olhou de cima, observando a mulher em choque, e viu a marca vermelha, bem visível, no pescoço dela.
Satisfeito com o resultado, encarou aqueles olhos assustados, igual a uma gata arisca. E logo voltou à frieza habitual.
Deu uma risada seca:
— Foi você que me provocou.

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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex
A marca d'água em cima do texto, fica ruim....
Pq vcs não facilitam a vida dos leitores com pagamento em pix...