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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 153

Dona Rosa estava quase em estado de choque.

— A senhora... a senhora disse que não vai mais voltar...

O rosto de Henrique ficou ainda mais sombrio.

Dona Rosa sentiu o ambiente ficar sufocante, nunca tinha visto o senhor daquele jeito.

— …Parece que a senhora estava mesmo dizendo a verdade. — Murmurou ela, de cabeça baixa, tentando conter o medo. — Eu também não sei o que aconteceu com ela.

Henrique cerrou os punhos.

Nem ele sabia o que estava acontecendo com Luana!

Antes, quando ela fazia algum escândalo, no máximo em um ou dois dias ela voltava para casa.

Nunca tinha sido diferente.

Por que, dessa vez, tudo parecia ter mudado?

Não que Henrique realmente se importasse com Luana. O que o mexeu foi aquele momento no carro, quando ela, sem se importar com nada, bateu e mordeu ele, aquilo o deixou profundamente abalado.

Pela primeira vez, surgiu uma vontade genuína de entender o que se passava na cabeça de Luana.

Mas logo ela já havia descido do carro.

Os gestos dela ao puxar o freio de mão, ao assumir o controle do volante, foram tão rápidos, firmes e precisos.

Era o tipo de habilidade de quem dirige muito bem.

E, de repente, se lembrou de todas as vezes que Luana dirigiu nos últimos três anos, ela sempre foi ótima no volante, mas ele nunca tinha dado importância.

Vários questionamentos sobre Luana começaram a surgir.

Dona Rosa, sem ouvir uma palavra do Henrique, criou coragem e, mesmo sentindo um aperto no peito pela saída de Luana, arriscou perguntar:

— Senhor, será que a senhora vai mesmo se divorciar do senhor?

Henrique foi pego de surpresa ao ouvir a palavra divórcio.

Uma ideia que ele nunca tinha considerado de verdade saltou, de repente, em sua mente.

Luana já tinha falado em se divorciar várias vezes, mas ele nunca levou a sério. Por isso, sempre teve a certeza de que ela acabaria voltando. Não precisava consolar, nem dar atenção, ela voltaria sozinha, quieta, obediente.

Era assim que tinha sido nos últimos três anos.

Mas... e se, dessa vez, ela realmente estivesse decidida a ir embora?

Essa dúvida, de repente, ficou clara como nunca diante dele.

Pela primeira vez, Henrique percebeu que não estava preparado para o divórcio.

A mão, caída ao lado do corpo, se fechou com tanta força que os dedos estalaram.

Júlia tinha mexido com Dante, e depois de doar dez milhões, ela e Raquel pegaram um voo para a Tailândia no meio da noite, só para fugir dele. Só teve coragem de voltar depois de uma semana.

Esse bar era um dos que ela frequentava sempre, mas não esperava, logo ao chegar de viagem, dar de cara com Luana.

Luana não era dessas de sair para se divertir. Vivia na cozinha, sempre presa às tarefas de casa, bem sem graça nenhum.

Mas, normalmente, quando a via, ela tinha o olhar frio e distante, e agora, surpreendentemente, havia um leve brilho de leveza em seu rosto.

Isso só podia significar que ela estava de bom humor.

E, se Luana estava feliz, Júlia ficava automaticamente de mau humor.

— Luana, se o meu irmão descobrir que você veio para o bar e ainda chamou acompanhante masculino, pode se preparar porque você tá ferrada!

Luana achou que estava com sorte, finalmente podia acertar umas contas:

— Vai correr pra contar pra ele?

— Você me fez derramar vinho tinto em mim mesma, não esqueci, viu? Agora eu sei que você tem medo de eu entregar tudo para o meu irmão, então, já que peguei você no pulo, acha mesmo que eu vou deixar passar?

Luana soltou um sorriso irônico.

O atrevimento de Júlia em provocar e ameaçá-la, sempre sem freio, era culpa do próprio Henrique, que nunca intervia.

Se Henrique tivesse repreendido Júlia da primeira vez que ela foi cruel, se ao menos tivesse feito como Dante, não precisava ser tão duro, só de apontar que ela estava errada, Júlia nunca teria ficado tão abusada.

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