Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 175

Dante era do tipo frio, nunca dava um sorriso pra ninguém. Se um dia ele resolvesse se preocupar com alguém… só faltava chover pra cima!

Por isso, quando Dante mencionou a Vivian, Samuel ficou realmente intrigado.

Mas ao ver Luana por ali, tudo fez sentido.

Ela tinha flagrado Vivian praticamente se jogando pra cima do Dante, e ele, claro, não ia perder tempo explicando uma coisa tão boba. Então mandou ele trazer a Vivian justamente pra deixar tudo claro.

Essas jogadas cheias de curva são bem a cara do Dante, sempre cheio de artimanhas por trás de tudo.

Mesmo assim, Samuel não entendia, se ele gosta dela, e é só uma secretária, por que não vai direto ao ponto? Fica nesse jogo todo, pra quê? Se gosta, fala logo!

Enquanto Samuel viajava nesses pensamentos, ouviu Luana dizer:

— Eu achei que o Dante já fosse embora hoje de Cidade G, mas acabei descobrindo que ele vai ficar mais uns dias.

Ela percebeu o rumo dos pensamentos de Samuel e não queria dar margem pra ele tirar sarro do Dante, então mentiu na maior naturalidade.

Dante olhou discretamente pra ela, sem demonstrar reação.

Samuel ficou confuso.

Então era só por isso mesmo?

Tinha exagerado na imaginação?

Ele já tinha notado Luana. Samuel sempre gostou de coisas e pessoas bonitas, e ela chamava atenção, traços delicados, aquele jeito frio e reservado, mais de um metro e setenta, parecia até uma obra de arte, desde a primeira vez, tinha achado ela fascinante.

Dante era realmente bonito, daqueles que chamam atenção onde passam. Se a secretária que andasse do lado dele fosse sem graça, acabaria até tirando o brilho dele.

Mas com Luana era diferente, ela só deixava ele ainda mais em evidência.

Era igual ver um cara bonito andando com uma mulher à altura, um completa o outro, e tudo parece combinar.

Samuel até desconfiou, mas não viu nenhum sinal estranho no rosto da Luana, então não insistiu:

— Depois vou te chamar pra ir também, Luana.

— Tudo bem.

Samuel foi levar Vivian para outro grupo de convidados, e ficou só Dante e Luana ali. André nem apareceu, sabia que Luana tinha ido lá só pra pedir desculpas e preferiu não se meter.

Dante olhou pra ela, percebendo aquele olhar esperto:

— Reagiu rápido.

O olhar de Luana ficou imediatamente sério:

— Olá, Srta. Luana, sou Renato Souza, empresário da produtora do Celso Lindomar. Nós já nos vimos no avião.

Luana tinha memória fotográfica e reconheceu ele na hora.

Celso Lindomar era um diretor famoso de Cidade G, já tinha feito clássicos do cinema local, embora, nos últimos anos, seus filmes não tivessem tido tanto sucesso.

Luana não sabia o que ele queria e preferiu ficar em silêncio.

— Então, é o seguinte. Você tem um perfil que ficaria ótimo no cinema. Claro, se não tiver interesse, não tem problema. Mas o diretor Celso está aqui hoje, que tal ir lá conhecer ele? — Falou Renato, sempre muito educado e sincero, apontando para o homem sentado perto da janela panorâmica.

Luana viu de longe, mas recusou:

— Desculpa, não tenho interesse em atuar.

— Na verdade, o Diretor Celso está buscando investidores pro novo filme dele. O Grupo S tem bastante capital, será que você pode fazer essa ponte?

— Isso não faz parte da agenda do Sr. Dante.

— Srta. Luana, poder participar de um evento desses já mostra que todo mundo aqui faz parte do mesmo círculo. Não custa dar um pouco de atenção, é só uma conversa, nada além de um contato comercial.

Depois de uma semana mergulhada nos bastidores de Cidade G, Luana já sabia que por trás da Associação de Cinema da cidade havia gente grande dos dois lados da lei, e alguns até tinham ligação com o Grupo S.

Ainda mais porque, naquele evento, só tinha gente grande, era normal rolar esse tipo de conversa de negócios. Não precisava também recusar tudo de cara.