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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 288

Luana apenas o encarava, querendo entender o que ele realmente queria.

Henrique perguntou de novo:

— Nunca te vi colecionando xícaras.

Ela franziu o cenho:

— Está tentando descobrir do que eu gosto?

Ele respondeu com sinceridade:

— Sim.

O coração dela levou um baque. Era um tipo de dor abafada, com um toque amargo. Mas, ao mesmo tempo, havia algo de irônico nisso tudo.

Ela já tinha sonhado com conversas assim. Já desejou muito poder conhecê-lo mais, descobrir o que ele pensava, ver nele algum brilho escondido.

Mas agora, por mais que o tema ainda a interessasse, ela percebeu algo cruel, se fosse com uma amiga, tudo bem.

Mas sendo Henrique, qualquer papo desse tipo se tornava puro ruído.

— Isso não te diz respeito.

Henrique a olhou fixamente.

— É pra você ou pra dar de presente?

Ela manteve o olhar firme:

— E se for pra mim? E se for pra alguém? O que muda?

Ele estava se esforçando ao máximo para manter a calma, mas a falta de resposta direta o irritava.

Ele não queria brigar, mas acabou soltando uma ordem fria e dura:

— Me diz!

— Não tenho obrigação nenhuma de te contar.

Sem aviso, Henrique arrancou a sacola das mãos dela.

Luana não esperava que ele fosse fazer isso e, furiosa, gritou:

— Me dá isso!

Ela partiu para pegar de volta, mas Henrique segurou um dos braços dela com firmeza, o olhar tão frio quanto aço.

— É pra quem? Fala!

Pá!

Luana deu um tapa no rosto de Henrique.

Henrique virou o rosto com o impacto, atordoado.

Só quando a dor ardida se espalhou pelo rosto é que ele reagiu, virando-se de volta, devagar.

Luana estava visivelmente irritada, o rosto corado de raiva, os olhos em chamas e até um toque de urgência.

Então ela disse, com uma frieza cortante:

Henrique dirigia depressa.

Ela, calma, olhava pela janela.

— Pra onde está me levando? — Perguntou, num tom tranquilo.

Ele esperava que Luana se desesperasse, se revoltasse… qualquer coisa que mostrasse que ela ainda se importava.

Mas a serenidade dela dizia justamente o contrário, não importava o que ele fizesse, ela já não reagia, não se importava mais.

Henrique foi tomado por uma sensação profunda de impotência.

De repente, o peito começou a doer, e não era uma pontada que passava rápido, mas uma dor contínua, apertada, que não dava trégua.

Doía tanto que até a voz mudaria, se tentasse falar.

Por isso, não disse nada. Só pisou fundo no acelerador.

Luana não estava surpresa com o silêncio dele.

Aprendera isso ao longo do casamento. Por isso, não sentia raiva.

Ela curvou os lábios num sorriso irônico e continuou olhando fixamente para a frente.

À medida que a paisagem se tornava cada vez mais familiar, Luana se surpreendeu, não esperava que Henrique a estivesse levando de volta para casa.

Não… para a mansão onde tinham vivido por três anos.

Aquilo nunca foi um lar!

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