Dante usava roupas casuais com um toque formal, ainda assim mantendo seu ar distinto. No trabalho, Luana sempre atendia às suas necessidades e cuidava dos detalhes, mas ouvir um “pode ser?” de repente a pegou desprevenida.
— Sr. Dante, se precisar de algo é só me falar.
— Aqui não é ambiente de trabalho, não tenho motivo pra mandar em você. — Respondeu ele.
Luana entendeu na hora e perguntou, curiosa:
— Então eu posso recusar?
— Claro. — Disse ele, surpreso, olhando para ela. — Vai recusar?
Ela estava brincando, servir um copo d’água não era nada. Sem responder, foi até a elegante área de bebidas, pegou duas limonadas e voltou, entregando uma a Dante.
Ele recebeu, tomou um gole e disse:
— Vou beber um pouco, então não beba. Depois você dirige pra mim.
Ela não viu motivo pra negar.
Lucas estava logo ao lado e viu com clareza a interação entre os dois. Seus olhos já não tinham mais nenhum traço de sorriso. Ele não podia dizer que conhecia tão bem o Dante, mas conhecia a Luana.
Com ele, ela era fria como um iceberg. Com Dante, era completamente diferente.
Quando ela gostava do Henrique, seus olhos brilhavam.
Com Dante, não era o mesmo olhar que dirigia ao Henrique.
Mas... havia algo ali. Algo que não fazia sentido.
Lucas tinha ido até ali hoje com um plano bem traçado, tomar uns drinques com a Luana, arrumar uma desculpa para levá-la em casa e, assim, descobrir onde ela morava. Depois da primeira vez, viriam naturalmente outras.
Ele era veterano no jogo da sedução, e tinha confiança de que conseguiria o que queria sem causar rejeição.
O que ele não esperava era que Luana aparecesse com Dante… e que, ainda por cima, fosse o próprio Dante quem a levasse de volta pra casa depois.
Lucas ficou com o humor péssimo. Tinha vindo cheio de expectativa…
Desviou o olhar, frustrado.
Mas não era só ele que tinha percebido a química entre os dois, muita gente notou.
Um amigo se aproximou de Leandro com um tom cheio de malícia:
— Leandro, quem é aquela gata? O Dante só tá dando atenção pra ela… Quer dizer, tirando ela, parece que ninguém mais existe pra ele. — E deu uma risadinha com segundas intenções. — Vai esconder esse babado da gente?
Leandro estava torcendo para que os dois ficassem juntos, mas, naquele momento, até ele já começava a ficar na dúvida.
— Se eu soubesse de algo certo, acha que não contaria?
— Então quer dizer que não tem nada confirmado? — O amigo insistiu. — Eu gastei mais de cem mil no teu presente, não me trata como qualquer um.
Leandro não caiu na pilha:
— Quando você casar, eu retribuo. E se tá tão curioso assim, vai lá perguntar você mesmo.
O amigo olhou na direção de Dante e Luana. Dante tinha uma aura difícil de abordar, e Luana… era o retrato da deusa inalcançável. Tão fria e imponente, que só de ficar ao lado dela, qualquer homem já podia se sentir diminuído.
— Esquece, desisti.
Lucas levantou uma taça de vinho e virou de uma vez.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex
A marca d'água em cima do texto, fica ruim....
Pq vcs não facilitam a vida dos leitores com pagamento em pix...