Luana logo puxou a mão de volta.
— Já tá seco, né? Acho que fiquei tempo demais lá dentro.
Dante só ficou olhando.
— …Vamos ver mais um pouco do filme e depois dormir. — Ela disse, sentando-se ao lado dele, mantendo quase um metro de distância.
A luz da sala era bem suave, perfeita pra induzir o sono.
Mas dormir, naquela noite, era um assunto delicado demais.
No fundo, Luana sabia que eles estavam fingindo ser namorados. Não havia de fato envolvimento, dividir o mesmo quarto por uma noite era algo que já tinha sido previsto quando aceitaram esse acordo. Podia ser tratado com naturalidade.
Só que o ar carregava uma tensão estranha, que a deixava sem voz.
Porque, não importa quem tocasse nesse assunto, a sensação era de falta de ar. Uma pressão difícil de explicar.
Luana mastigou esse desconforto por um tempo e, de repente, caiu a ficha, aquilo tinha nome.
Era clima.
Luana ficou sem reação.
Clima?
Como assim clima?
No fundo ela acreditava que conseguiria manter a naturalidade. Mas a verdade é que não dava. A garganta estava seca, não queria puxar o assunto primeiro.
Porque estava… com vergonha. Sim, vergonha!
E foi essa vergonha que fez Luana concluir que era mesmo um clima.
Um clima que bagunçava a mente e deixava o raciocínio de lado.
Já estava até arrependida de ter tocado no cabelo dele. Só porque não resistiu à vontade de sentir a maciez.
Mas também não dava pra ficar nesse impasse.
— Eu durmo no sofá. — Disse Dante.
— Tá com sono? — Luana respondeu no mesmo instante.
Os dois falaram juntos, depois se calaram.
O silêncio se tornou insuportável.
Ninguém dizia mais nada.
Ah, que loucura!
Ela queria cavar um buraco e sumir.
Luana sabia que aquele clima vinha do cuidado excessivo que Dante mostrava por ela.
Mas não tinha certeza se estava certa, ou se era só imaginação dela.



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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex
A marca d'água em cima do texto, fica ruim....
Pq vcs não facilitam a vida dos leitores com pagamento em pix...