Luana beijou Dante. Ela fez de propósito, para Henrique ver. E sabia que ele tinha visto.
Mas por que ela tinha tomado aquela atitude? Na verdade, nem tinha pensado direito no motivo, o corpo dela já tinha se movido antes da cabeça.
Luana simplesmente o beijou.
No instante em que seus lábios encostaram nos dele, ela ainda pensava que era só uma encenação para Henrique.
Mas talvez três segundos depois, Henrique já tinha desaparecido da mente dela, restando apenas a maciez do toque nos lábios.
Ela o envolvia pelo pescoço, e quando seus lábios se encontraram, o corpo de Dante enrijeceu por um segundo.
No instante seguinte, ele segurou firme a cintura dela. Luana passou de ativa a passiva.
O beijo dela tinha começado leve, como um toque rápido, mas quando Dante a puxou contra o corpo e inclinou-se sobre ela, aquele beijo infantil se transformou em algo adulto, carregado de desejo.
Os lábios dela foram sugados e mordidos até doer um pouco. Ele estava apressado, intenso. Ela não conseguiu se conter, abriu-se, e ele avançou sem piedade.
Luana sentiu a força, o domínio. Parecia que ele tinha esperado por aquilo muito tempo, a ponto de perder o controle.
No meio de tanta imposição, ela sentiu até um pequeno medo. O beijo era forte, sufocante, não deixava espaço para reação, nem para respirar. A mente dela ficou em branco. Todas as emoções negativas da ameaça de Henrique desapareceram, afogadas pelo estrondo do próprio coração, que batia como um trovão sob o efeito daquele beijo.
Dante estava beijando ela.
Beijando com força, com intensidade.
Luana fechou os olhos.
O helicóptero mudou de rota, Henrique já não podia mais ser visto.
Samuel não conteve uma tosse.
Luana passou os braços em volta do pescoço de Dante, puxou os cabelos na nuca dele.
Dante, finalmente, no meio do descontrole, recobrou a razão e encerrou aquele beijo que desejara por tanto tempo.
Ele adorou.
Mas não era suficiente.
Dante fitou Luana, o olhar predador pousando nos lábios avermelhados dela e, em seguida, subindo até se prender nos olhos dela.
O olhar dele continuava pesado. Por alguns segundos se encararam. Então Dante a abraçou outra vez. Como estavam sentados, não havia diferença de altura. Coração contra coração. Um abraço cheio.
Com os lábios quase encostados no ouvido dela, ele murmurou, baixo demais:
— Não se assusta, é só para Henrique ver.
Se pudesse, a beijaria ali mesmo na orelha e no pescoço, só pra fazê-la arrepiar inteira, estremecer por causa dele.
Mas precisou se conter, se segurar mais uma vez.



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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex
A marca d'água em cima do texto, fica ruim....
Pq vcs não facilitam a vida dos leitores com pagamento em pix...