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Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 565

— Você não solta, eu vou embora mesmo assim. — Luana o encarou de frente.

Henrique rangeu os dentes e ironizou:

— Se eu soltar, você vai me obedecer?

— Solta primeiro. — Disse Luana.

Henrique a observou, como se estivesse ponderando.

O olhar de Luana não vacilava, tão firme e quase sincero demais, e era justamente isso o mais letal, não havia a menor fraqueza.

Ele preferia que Luana ainda explodisse como das outras vezes, com raiva, com fúria, até mesmo ansiosa, tudo isso eram fraquezas, porque Henrique sempre conseguia captar um pouco dos pensamentos dela através das emoções. Melhor assim do que esse silêncio tranquilo, enquanto ele perdia cada vez mais o controle.

Seu coração parecia ser esmagado por uma mão, a sensação de sufoco era tão nítida.

Henrique não suportava essa versão de Luana, ele gostava daquela que girava em torno dele por inteiro.

Luana não se mexia, não brigava com ele, só esperava em silêncio.

Ela também já estava cansada de cada encontro com Henrique virar um escândalo. Emoções intensas consumiam demais.

Ela acreditava que, um dia, Henrique acabaria aceitando a realidade, entenderia que ela já tinha seguido em frente.

Só precisava de tempo.

O confronto mudo entre eles continuou. Luana estava firme de verdade, a atitude resoluta. Ele não tinha como continuar agarrando-a sem parar, acabou soltando a mão dela.

Acumulando uma raiva que não tinha como descarregar, Henrique rosnou:

— Eu cedi... agora você vai me ouvir, não vai?

Luana mexeu o pulso, surpresa de vê-lo realmente ceder, e ergueu as sobrancelhas.

Uma vez feito, poderia haver uma segunda, quem sabia até onde ele iria recuar depois.

Pelo menos Henrique não estava apenas surtando, ainda era capaz de conversar como um ser civilizado.

E, de certa forma, dessa vez ele realmente baixou a cabeça. Afinal, chegar ao ponto de perguntar o que precisava fazer para que ela cedesse já era um esforço enorme.

Durante todo o casamento, Luana esperou que ele fosse assim, que perguntasse o que ela pensava, se importasse com o que ela sentia.

Luana olhou o relógio:

— Nossa conversa não tem sentido. Você vai sair, ou eu vou?

Um medo enorme o invadiu, deixando-o ansioso.

Dessa vez eles não brigaram, foi tudo calmo, normal até. Mas essa normalidade era como tortura lenta, porque ele sentia cada vez mais a distância dela, mais fria, inalcançável. O que ele queria, nunca conseguiria ter. Era insuportável.

A culpa era daquele desgraçado do Dante, sempre atrapalhando. Ele já tinha tentado ir até o prédio de Luana, não conseguiu entrar.

Pensou em ir à empresa dela, mas não teve tempo.

Agora que finalmente a via, não queria deixá-la tão cedo.

— Quem disse que não tem sentido? Eu vim te procurar por um assunto sério!

Luana, surpresa:

— Não vai me dizer que é mais uma ameaça, né? Pode continuar tentando me intimidar, mas nunca vai conseguir o que quer. Eu só vou te odiar mais ainda.

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