Sim! Me Casei Com Irmão Do Ex romance Capítulo 577

oana ficou surpresa, sem acreditar muito:

— Você também não gosta dela? Tá fazendo isso por mim?

Sofia piscou os olhos:

— Claro que sim.

— Perfeito! Aquela empresinha dela é só um grupo de amadores, mal acabou de ser criada, não tem como competir com a Galáxia. Se você entrar em ação, ela não vai ter saída!

— Nem precisa me esforçar muito. Uma empresa pequena dessas… basta roubar uns artistas da mão dela que já é suficiente pra acabar com tudo. — Disse Sofia.

Joana sabia que, no começo, treinar artistas custava caro. Sem artistas e sem clientes, a empresa não tinha como jogar seus produtos no mercado. E sem isso, não dava pra ganhar dinheiro.

Ela odiava a Luana, e odiava tudo o que vinha dela. O rancor era enorme. Já estava até ansiosa pelo dia em que veria a rival cair em desgraça.

Sofia a tranquilizou:

—Joana, não fica tão ansiosa. Pensa bem, a Luana já se divorciou uma vez. Você acha que a mãe do Dante vai gostar disso? Fora que, na carreira, além de ter sido secretária no Grupo S, ela não tem nada realmente relevante. E talento, então… você é artista, suas exposições são disputadíssimas, um quadro seu chega a valer milhões. Como é que a Luana poderia se comparar? Você precisa acreditar em si mesma, entendeu?

Essas palavras caíram como música nos ouvidos de Joana. Ela adorava ouvir esse tipo de coisa.

No início, sempre pensara exatamente assim, que a Luana não passava de nada.

Só tinha ficado insegura quando viu a proximidade dela com o Dante, ainda mais sendo vizinhos. Isso sim a deixara em pânico.

Mas, na prática, a situação não era tão ruim quanto imaginava.

Joana relaxou e, já mais animada, perguntou curiosa:

— Sofia, você só é um mês mais velha que a Luana e nunca namorou… não tem ninguém que você goste?

— Meu pai me trata tão bem que eu acho impossível existir homem no mundo capaz de fazer igual. É difícil me sentir atraída por alguém.

— Mas e se aparecer um cara muito charmoso, desses que fazem qualquer mulher cair?

— Já teve um ou outro que chamou a atenção, mas quando convivi… nada demais. Nenhum chega perto do meu pai. Fico decepcionada. — Sofia disse. — Eu só tenho um objetivo, quero que meu pai me ame a vida toda. Ninguém vai tirar isso de mim!

— Fica tranquila então, você é filha única. Não tem ninguém pra competir.

Sofia sorriu, mas o sorriso não foi muito profundo:

— Pois é… ainda bem que sou a única filha dele. Senão, todo dia eu teria que viver com medo de alguém querer roubar o amor do meu pai.

Mal terminou de falar, o celular dela vibrou.

— É meu pai.

A Luana não ligava muito, mas ele se preocupava bastante.

Quando ela reclamava que era chato, ele dizia que não precisava se incomodar, que ele mesmo lembraria de tudo.

Esse cuidado discreto e constante… nem a mãe dela, Janaina, tinha dado. A mãe sempre esteve focada em grandes decisões, como uma mentora de vida.

Já do pai, Joaquim, a Luana não lembrava de ter recebido carinho. Talvez tivesse, mas era tão pouco que já estava apagado na memória. Ele sempre fora sério, provavelmente não sabia demonstrar.

Por isso, a forma como Dante a tratava sempre a deixava surpresa.

Ele era ótimo em cuidar dos outros, lembrava até das preferências do Leandro.

E, com ela, ainda mais.

Luana já tinha visto de perto a maldade de Henrique, conhecia com clareza o seu pior lado.

Os dois irmãos, apesar de partilharem metade do sangue, eram completamente diferentes.

Talvez o Henrique tivesse deixado uma cicatriz no coração dela. Mas talvez também fosse porque Dante a amava de verdade. Quanto mais carinho ele dava, mais ela sentia uma estranha dívida com ele.

Faltavam menos de quinze dias para o aniversário de Dante.

Luana já começava a se quebrar a cabeça pensando no que lhe dar de presente e, para surpreendê-lo, precisava planejar tudo em silêncio.