Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 116

Ele reprimiu a sua aura de fúria por todo o corpo, temendo que, se olhasse mais uma vez, teria que torcer o pescoço de Mariana.

Se ele tivesse chegado um pouco mais tarde, Patrícia estaria perdida! Antes, as pequenas disputas entre Mariana e Patrícia eram toleráveis, ele fingia que não via.

No final, eram apenas brincadeiras entre mulheres, mas nunca imaginou que as coisas chegariam a aquele ponto.

Teófilo olhou para o corte acima da sobrancelha de Patrícia:

- Vá cuidar desse ferimento primeiro, deixe Inês cuidar do Diego. - Inês era a governanta que ele enviou para cuidar de Diego.

Vendo que o sangramento estava controlado, ela suspirou aliviada e deixou o restante para a governanta.

- Mamãe, mamãe. - Diego chamou mais uma vez.

Assim que ele percebeu que ela estava prestes a sair, entrou em pânico, longe do comportamente obediente que tinha antes.

Patrícia sentiu seu coração apertado ao vê-lo chorar, então voltou e abraçou o garotinho.

Diego ficava tranquilo em seus braços.

Teófilo se aproximou com um cotonete.

Patrícia instintivamente tentou evitar o toque dele, mas Teófilo ordenou friamente:

- Não se mexa. - Ela sabe que ele temia a dor, então ele foi muito delicado.

Patrícia suportou a dor sem emitir nenhum som.

A garota mimada do passado se transformou na pessoa que é hoje, claramente moldada por ele.

Nos últimos dois anos, sua violência fria, suas palavras cruéis, a levaram a aquele estado.

Sem sorrisos, sem reclamações, nem mesmo um gemido de dor.

Teófilo observa os fios de cabelo de Patrícia, ainda com resíduos de clara de ovo.

A raiva dele surgiu, espalhando-se por todo o seu ser, cada célula em seu corpo carregava sua fúria.

Distraído, ele apertou com força o cotonete na ferida de Patrícia.

- Ah. - Patrícia soltou um som inesperado.

- Te machuquei? - Teófilo perguntou apressado, os dedos tocavam seu queixo. Com uma entonação mais suave disse:

- Então, vou ser mais gentil. - O tom dele soou particularmente sugestivo. Patrícia, sem entender, desviou o olhar:

Um pensamento passou pela mente de Patrícia: "Como seria bom se aquela criança fosse dela."

Quando percebeu o quão assustador era esse pensamento, sacudiu a cabeça rapidamente.

Teófilo disse:

- Vou dar explicações sobre o que aconteceu hoje.

Patrícia apenas respondeu:

- Trate bem desta criança.

Depois, ela saiu rapidamente do local.

Ao sair, olhando para o mar azul, ela refletia que se o seu filho ainda estivesse aqui, ela o consideraria como um tesouro, não como uma ferramenta de posse.

Ao pensar no seu filho, que mal teve a chance de respirar o ar fresco, o coração de Patrícia doeu.

Antes de dar alguns passos, ela desmaiou abruptamente diante de Lucas.

- Srta. Patrícia!